Dezenas de iemenitas morreram em Taez nos bombardeios aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita e em combates, com a intensificação da batalha contra os rebeldes na terceira maior cidade do Iêmen, anunciaram organizações humanitárias.
As forças governamentais iemenitas e seus aliados, apoiados por aviões da Arábia Saudita e sua coalizão militar, fundamentalmente árabe, tentam retomar Taez (sudoeste) dos rebeldes xiitas huthis, depois de expulsar os insurgentes de várias províncias do sul desde meados de julho.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou neste sábado que os bombardeios e combates de sexta-feira deixaram muitos mortos, principalmente civis, e um grande número de feridos.
Até o momento não foi possível estabelecer um balanço preciso, pois ainda há muitas pessoas nos escombros das casas, afirmou à AFP Rima Kamal, porta-voz no Iêmen do CICV.
Ao mesmo tempo declarou dispor de "informações segundo as quais na sexta-feira à noite o balanço era de 80 mortos".
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou na sexta-feira a morte de 65 civis e vários feridos nos bombardeios da coalizão no bairro de Salah, em Taez.
A agência de notícias Saba, controlada pelos rebeldes, anunciou um balanço de 63 civis mortos e 50 feridos.
As estimativas de vítimas de sexta-feira representam um dos balanços mais elevados de mortos no país desde o fim de março.
Naquele mês teve início a intervenção da coalizão árabe liderada por Riad, para apoiar o governo do Iêmen e deter o avanço dos rebeldes xiitas, que desde 2014 haviam conquistado amplas faixas de território partindo de seu reduto de Saada (norte).
Até hoje os rebeldes controlam a capital Sanaa.
O elevado número de mortos é explicado pelos "ataques aéreos e a intensificação dos combates entre diversos grupos, o que faz a população civil pagar caro", disse Kamal em Sanaa por telefone.
Os primeiros combates significativos em Taez, uma das principais vias de acesso para a capital Sanaa, aconteceram há poucos dias e deixaram mais de 80 mortas em 24 horas.
Esta ofensiva permitiu aos simpatizantes do governo recuperas áreas importantes da cidade, mas sem expulsar totalmente os rebeldes huthis.
Neste sábado voltaram a acontece combates na área do palácio presidencial de Taez, que deixaram pelo menos três civis mortos.
Ao mesmo tempo, o quartel general da polícia política em Áden (sul) foi destruído neste sábado por uma explosão que as autoridades atribuíram à Al-Qaeda.
Membros da Al-Qaeda se instalaram no início de agosto no quartel, duas semanas depois da reconquista de Áden pelas tropas leais ao governo, explicou uma fonte do governo que pediu anonimato.

Do Yahoo