A Marinha brasileira afirmou ter resgatado 220 imigrantes no Mar Mediterrâneo. O salvamento foi feito por uma corveta que integra a Força-Tarefa Marítima das Nações Unidas no Líbano (Unifil).
Segundo a Marinha, a corveta Barroso não fazia parte de equipes formais de buscas por embarcações de imigrantes. Ela estava viajando do Rio de Janeiro para o Líbano, com o objetivo de substituir a fragata União na missão de paz da ONU, e era o navio mais próximo do barco em risco de afundar.
Às 18h30 (13h30 em Brasília), quando o navio de guerra brasileiro navegava a 270 quilômetros da costa da Sicília, na Itália, recebeu um pedido de ajuda da guarda costeira italiana.
As autoridades locais solicitaram que os militares brasileiros procurassem uma embarcação ilegal que transportava imigrantes em uma região a 241 quilômetros da costa da Grécia.
Segundo informações iniciais, o barco estaria levando cerca de 400 imigrantes tentando chegar à Europa.
Dois navios patrulha italianos participaram da operação. Os imigrantes foram localizados após cerca de uma hora de navegação.

Resgate

A corveta brasileira recolheu 220 dos imigrantes, entre elas 94 mulheres, 37 crianças e 4 bebês. Segundo a Marinha, parte deles estava bastante debilitada. A transferência dos náufragos para o navio só foi concluída no início da noite desta sexta-feira.
Os imigrantes seriam levados para o porto italiano de Catânia.
A Marinha não informou a origem dos imigrantes nem deu detalhes sobre o estado de sua embarcação.
O Brasil lidera militarmente a Força-Tarefa Marítima da Unifil desde 2011. O comando da operação foi obtido junto à ONU como parte dos esforços do governo petista para aumentar a esfera de influência brasileira no Oriente Médio.
O objetivo da esquadra internacional é evitar a entrada de armas por mar no Líbano. A corveta Barroso leva cerca de 190 militares brasileiros. Ela será o navio capitânia da esquadra.

Do UOL