Detector emparelha com telefone e envia dados de leitura para a nuvem. Sensores poderiam ser aplicados em veículos de segurança pública.
No caminho para fazer um melhor detector de radiação, engenheiros da DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos) estão buscando impulso no coletivo proporcionado pelo crowdsourcing para suportar um detector pequeno e barato. E o melhor, que se integra com seu smartphone e envia dados para a nuvem. 
O gadget foi demonstrado na conferência “Wait, What?”, da DARPA, realizada em St. Louis, no estado de Missouri. O aparelho custa cerca de US$ 400 - significantemente mais barato que os detectores usados em agências de segurança pública e fornece uma figura mais apurada de potenciais ameaças, explicou Vincent Tang, físico que trabalha na DARPA.
Como funciona
O detector funciona através do envio de uma leitura de radiação via Bluetooth para um smartphone, a cada segundo. Na demonstração em St. Louis, visitantes podiam emprestar um telefone e um detector e testar a tecnologia, buscando por fontes radioativas escondidas ao redor da sala. 
Ao caminhar pelo evento, na maioria das vezes, o telefone mostrava uma leitura de cerca de 20 contagens por segundo de radiação gama - isso quando estávamos no piso inferior ao hall do evento. No entanto, uma vez que as fontes ocultas de radiação eram aproximadas, a leitura do detector começava a subir rápido. 
A uma certa altura, o detector atingiu mais de 2 mil contagens por segundo – impulsionado por uma fonte radioativa (provavelmente uma rocha) num recipiente selado sob uma mesa.
Em todo o tempo, o telefone enviava dados de volta para um servidor responsável por registrar as leituras. 
O resultado foi um mapa de calor impulsionado pelo coletivo de usuários que mostrava os níveis de radiação no espaço do evento.
Aplicações
Tang prevê que os sensores poderiam ser aplicados em veículos de segurança pública, constantemente monitorando e reportando níveis de radiação. Mas este é apenas o primeiro passo. O que não foi demonstrado em St. Louis, uma vez que todas as fontes de radiação são seguras, foi que a assinatura da radiação podem ser analisada e a sua provável fonte determinada.
Então, alguém novo em um procedimento da medicina nuclear, por exemplo, em um hospital seria reconhecido, mas ignorado pelo sistema. Enquanto alguém que transporta materiais nucleares ilícitos acionaria o alarme.
Este é o primeiro produto da DARPA do programa chamado Sigma, cujo objetivo é revolucionar habilidades em detecção e impedimento para conter o terrorismo nuclear. 
 "A ideia do Sigma é tentar aproveitar o máximo possível de tecnologia comercial existente que poderia ser aplicada nesta área e que nos permitiria ir de um baixo volume e modelo de alto custo para alto volume e modelo de baixo custo", disse Tang.