A Argentina não tem aeronaves supersônicas para fazer a segurança dos líderes dos países mais ricos do mundo durante a cúpula do G20 que acontecerá em 2018 em Buenos Aires. Para contornar a situação, a Casa Rosada estuda alugar de dois a quatro caças F-5 do Brasil para o evento.

A informação é do jornal portenho Clarín.

Para o especialista em defesa Roberto Godoy, o aluguel de aeronaves militares "não é uma situação comum" e de difícil realização já que cada caça é configurado para as especificidades do país onde opera. Outra dificuldade seria o preço do aluguel: "de repente, você pode por aí um preço político", diz. 
Ainda assim, não seria a primeira vez que um negócio do tipo acontece. O especialista em defesa afirma que a República Tcheca já alugou aeronaves da Suécia por cerca de US$ 5 milhões por ano. 
Godoy, ressalta, todavia, que os F-5 da Força Área Brasileira merecem destaque e que passaram por um processo de modernização da Embraer.
"Ele [F-5] era exportado [pelos EUA] a um preço camarada para países alinhados. Mas é uma baita de uma máquina, tanto que ele está em operação desde os anos 1970. Os últimos foram feitos no começo dos anos 1980 e ele está em operação desde essa época."

A Argentina não detém aviões supersônicos desde dezembro de 2015, quando desativou o caça Mirage após 43 anos de atividades. Além disso, em 2018 os aviões A4-AR comprados dos Estados Unidos nos anos 1990 sairão de serviço pela obsolescência de suas peças e a consequente dificuldade de manutenção. Com a saída de cena dos A4-AR, o país latino ficará sem qualquer avião de combate.
Godoy afirma que a Força Aérea do país vizinho está defasada e que a decisão de não investir nas Forças Armadas de uma maneira geral começou no governo de Néstor Kirchner, em 2003, e continua desde então.

Do Sputnik