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O que impede o Brasil de ser o melhor dos países emergentes?

Fonte: G1

A estratégia comercial brasileira baseada em acordos multilaterais opôs o governador de São Paulo e o ministro das Relações Exteriores nesta quarta-feira no Fórum Nacional.
O tradicional fórum organizado pelo ex-ministro reis Veloso reúne, há 20 anos, especialistas de diversas áreas, além de integrantes do governo e da oposição para tratar de temas da atualidade.

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A principal pergunta do fórum, desta vez, foi como ser o melhor dos Brics? A sigla formada com as iniciais do Brasil, Rússia, Índia e China, os países emergentes e aí, algumas sugestões receberam o apoio quase unânime.

“Nós temos uma burocracia extremamente pesada. É preciso superar essa carga burocrática”, diz Marcílio Marques Moreira, ex-ministro da fazenda.

“Voltar a idéia de reforma administrativa, de desburocratização, de trabalhar por projetos”, diz Reis Veloso, ex-ministro do Planejamento.

Já o governador de São Paulo viu na estratégia de política externa brasileira desenvolvida, principalmente em acordos multilaterais, um dos entraves para que o Brasil exporte ainda mais.

“Se você vai importar medicamento da Índia e quer exportar avião e ônibus pra lá, você poderia ter feito um acordo bilateral, mas esse acordo tem que incluir também Argentina, Uruguai e Paraguai, que não, necessariamente vão se sentir contemplados num esquema dessa natureza. Quer dizer, o Brasil tem tamanho suficiente pra ele mesmo fazer acordos, inclusive de livre comércio com o próprio Mercosul”, diz José Serra.

O ministro das Relações Exteriores respondeu às críticas de Serra. “Eu acho que essas queixas são mal informadas porque na realidade o sistema multilateral é muito importante pro Brasil. Na medida em que nós fortalecemos o Mercosul, nós fortalecemos a nossa presença internacional. O Brasil é maior porque é capaz de aglutinar a América do Sul”, diz Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores.

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