DF-21C
DF-31A
DF-15B
DF-11A
HQ-12
HQ-9
HH-16
YJ-83
YJ-62
529 – 054A with East Sea Fleet
530 – 054A with East Sea Fleet
H-6U tanker
J-10B
2 J-10s
Z-8K
Reuters/Brasil Online - Via O Globo - Por Lucy Hornby e Benjamin Kang Lim
(Reportagem adicional de Ralph Jennings em Taipé e Chisa Fujioka em Tóquio)
O desfile militar do Dia Nacional da China não conteve grandes surpresas, mas apresentou pistas importantes para especialistas que avaliam a modernização da maior força de combate do mundo.
Muitos focaram no míssil Dongfeng 21C, que obrigaria os porta-aviões dos EUA a manterem uma maior distância caso os chineses consigam transformá-lo em um míssil balístico antinavio (MBAN). Assim, seria mais difícil para os EUA partirem em auxílio a Taiwan no caso de um conflito.
"O desfile é um sinal claro para Taiwan. A variedade e qualidade das novas armas em exposição têm de ser intimidadora para os militares de Taiwan", disse em Taipé Wendell Minnick, chefe da sucursal asiática da publicação Defense News.
Chinese officers and soldiers of the People's Liberation Army marched in front of Tiananmen Gate at the start of the military parade to mark the 60th China anniversary in Beijing on Thursday. David Gray/Reuters
"A China está basicamente dizendo aos defensores da independência de Taiwan: 'Esqueçam, vocês vão perder'."
A China considera Taiwan, ilha onde se refugiaram os nacionalistas derrotados na guerra civil de 1949, como uma "província rebelde", a ser retomada pela força, se necessário. A atual fase de reaproximação, no entanto, torna improvável um conflito armado.
"Este míssil não está completamente desenvolvido ainda, mas o que vimos no desfile nos dá um indicativo bastante bom de que eles estão atingindo essa capacidade", disse Matthew Durnin, pesquisador radicado em Pequim do Instituto da Segurança Mundial.
Ele acrescentou, no entanto, que a China ainda enfrenta desafios no desenvolvimento de sistemas integrados e satélites necessários para guiar adequadamente um MBAN.
Military vehicles park near Tiananmen Square during a rehearsal for a parade marking the 60th anniversary of the People's Republic of China. (Nelson Ching / Bloomberg / September 18, 2009)
Pequim está modernizando suas forças armadas para que elas dependam mais da tecnologia e menos da pura força braçal dos seus 2,3 milhões de soldados. O aumento do orçamento militar chinês e a falta de transparência nesses gastos causam preocupações no exterior, especialmente nos EUA e no Japão."Do ponto de vista de uma (relação) estratégica mutuamente benéfica (...), a China deveria ter um sistema para que os laços possam ser amistosos e pacíficos", disse o chefe de gabinete do governo japonês, Hirofumi Hirano, numa entrevista coletiva em Tóquio.
Caças, bombardeiros e helicópteros sobrevoaram o centro de Pequim durante o desfile, para deleite dos cidadãos e também dos dirigentes nacionais no palanque.
"O setor aeroespacial da China, especialmente os caças e bombardeiros, tem progredido lentamente, mas continua sendo um certo ponto fraco para a China", disse Durnin. "Embora partes (dos novos caças) tenham sido desenvolvidas na China, eles ainda dependem muito da tecnologia russa."
Washington pode ver uma ameaça também no míssil balístico intercontinental Dongfeng 31, que pode ser transportado de caminhão e é mais difícil de neutralizar do que mísseis alojados em silos.
"É definitivamente uma demonstração de força para os norte-americanos e taiwaneses", disse Minnick sobre o desfile.
Mas algumas pistas estavam naquilo que não foi mostrado.
Alguns estrategistas previam que a China exibiria um míssil capaz de transportar ogivas nucleares e ser disparado por submarinos, ou um novo míssil intercontinental, o Dongfeng 41.
"Então acho que (a ausência) provavelmente diz que sabemos que esses programas estão em desenvolvimento, sabemos que eles estão próximos da fruição, eles simplesmente não estão bem no estágio em que a China estaria confortável ou motivada a mostrá-los no desfile," disse Durnin.
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