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Turbina GE 414

Brasil pode ser fonte de exportações, diz presidente global da GE

Valor Online - Vanessa Dezem - Via: O Globo

A maior oportunidade para a General Electric (GE) Brasil é o país se tornar um centro exportador. A afirmação foi feita ontem pelo presidente mundial da GE, Jeff Immelt.

Em sua quarta visita ao país, desde quando tomou posse do cargo, em 2001, o executivo esteve em São Paulo e enfatizou o foco da companhia nos setores que envolvem infraestrutura no Brasil.

Ele afirmou ainda a credibilidade que dá ao setor de aviação, com forte potencial de ganhar o desejado posto de fonte de exportações da empresa no país.

"Estamos impr essionados com o desenvolvimento econômico do Brasil. Há muitas oportunidades e a Embraer está fazendo um bom trabalho", afirmou o executivo, destacando um dos principais clientes do braço de aviação da empresa no Brasil.

Os números não negam a coerência da estratégia. Dos US$ 7,8 bilhões em faturamento acumulados pela GE América Latina no ano passado, US$ 3 bilhões vieram do Brasil. Do montante faturado pela empresa no país, US$ 1,2 bilhão são resultado das operações de aviação, o primeiro negócio a ultrapassar a marca do US$ 1 bilhão na região latino-americana.

Com esse foco, a companhia anunciou ontem seus primeiros planos de investimentos no país em 2010. Serão aplicados US$ 120 milhões em setores como energia, aviação e saúde, sendo que, deste montante, US$ 35 milhões vão para a GE Celma, braço de manutenção de turbinas para aeronaves localizada em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
O Gripen NG oferecido ao Brasil usa uma turbina GE 414 o F-18 usa duas

A ideia da multinacional é alocar os recursos no aumento da capacidade de manutenção da unidade e avançar ainda para a produção de turbinas no Brasil.

"Precisamos ampliar a operação na Celma. Há oportunidades, pois a quantidade de empresas fora do Brasil que fazem manutenção por ela é imensa", afirmou ao Valor o presidente da companhia no Brasil, João Geraldo Ferreira.

"Produzir turbinas está no nosso radar", completou, sem afirmar quando isso deve acontecer. A diretoria da companhia, no entanto, afirma que o objetivo é começar a produção ainda neste ano.

A oportunidade de ser um centro de exportações vem em concomitância com a importância que o país tem assumido na empresa. Jeff Immelt veio ao país justamente analisar novas oportunidades de investimentos e negócios em infraestrutura e citou os setores de saúde, energia, gás, aviação e transporte como os mais promissores neste sentido.

"Eu ficaria muito decepcionado se a GE Br asil não crescesse substancialmente frente ao que é hoje nos próximos anos", disse. Nos últimos cinco anos, a companhia vem apresentando uma média de expansão de 12% ao ano no país.

O executivo veio ainda anunciar que o Brasil deve abrigar o novo centro de pesquisas da GE, inaugurando a rede na América Latina. A multinacional tem outros quatro centros de pesquisas: na Índia, nos EUA, na China e na Alemanha.

Immelt, entretanto, não especificou o tamanho, a localização, nem os investimentos a ser realizados nesse centro, termos que devem ser dialogados com o governo.

"Com uma forte base industrial e universidades de primeira linha, o Brasil é a escolha lógica para nossa próxima instalação", concluiu o executivo.