Vantagem para EUA e França
Novo relatório da aeronáutica para aquisição de 36 aeronaves teria indicado superioridade militar dos modelos americano e francês sobre o sueco
Fonte: Jornal do Comércio
Novo relatório da aeronáutica para aquisição de 36 aeronaves teria indicado superioridade militar dos modelos americano e francês sobre o sueco
Fonte: Jornal do Comércio
O relatório final do Comando da aeronáutica sobre o projeto FX-2, que envolve a compra de 36 caças e um negócio estimado em R$ 10 bilhões, indica que as aeronaves Rafale, da companhia francesa Dassault, e F-18 Super Hornet, da americana Boeing, contam com características técnicas e militares superiores aos do Gripen NG, da sueca Saab. O documento teria sido entregue ontem ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a um colaborador direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aeronáutica não confirmou as entregas, mas admitiu que o documento foi concluído e que está mantido sob sigilo.
O conteúdo do novo relatório contrasta com a versão anterior, na qual a aeronáutica hierarquizou os três concorrentes e apontou o Gripen NG no topo da lista. Ao caça Rafale, a aposta preferencial de Lula na concorrência, a aeronáutica reservara o terceiro e último lugar, em função especialmente de seu custo mais elevado. O vazamento dessa versão irritou a Presidência da República, que avaliou o ato como uma pressão adicional da FAB para fazer valer seus critérios na decisão final e o qualificou como nocivo à segurança nacional”.
A nova versão não traz uma hierarquia dos concorrentes, como a anterior. Mas expõe as vantagens dos caças Rafale e F1-8 Super Hornet, como os fatos de serem projetos já construídos, testados e birreatores, enquanto os Gripen NG são monorreatores.
Parlamentares que acompanham essa concorrência para a renovação da frota da aeronáutica consideram que o documento final apenas alivia a saia-justa que a Força costurou para a Presidência.
Mesmo que o relatório viesse a apontar claramente o Rafale como a escolha perfeita, as sucessivas tentativas da FAB de constranger o governo a recuar em sua preferência foram registradas pelo Palácio do Planalto e devem resultar em punição.
FRANÇA
Em meio à polêmica disputa pela venda dos caças ao Brasil, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, voltou a defender a reforma do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), uma das principais ambições da diplomacia brasileira na gestão do presidente Lula. “Quando vamos, finalmente, colocar sobre a mesa a reforma do Conselho de Segurança da ONU?”, perguntou, em discurso ontem na abertura de evento que tinha na plateia o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Sarkozy citou, ainda, a parceria estratégica com o governo brasileiro e fez referências diretas a Lula, afirmando que tem pelo presidente brasileiro “muita admiração e amizade”.
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