A Chancelaria venezuelana divulgou hoje um comunicado no qual pede às autoridades da Holanda que se abstenham de efetuar ou colaborar com agressões ao país, e reiterou que os Estados Unidos preparam um ataque a partir das ilhas caribenhas que pertencem à nação europeia.
De acordo com a nota, a Venezuela "duvida" que as instalações dos "territórios coloniais" de Aruba e Curaçao, postas à disposição dos soldados norte-americanos pelo governo holandês, sejam utilizadas no combate ao tráfico de drogas, como afirma a versão oficial.
O Ministério das Relações Exteriores disse que "a recorrente desculpa da luta contra o narcotráfico", assim como "a tradição estadunidense de utilizar terceiros países para realizar operações de espionagem e lançar ataques militares, entre outros elementos, permitem concluir de maneira inequívoca" que ambas nações "preparam uma agressão" contra o território sul-americano.
Ainda no mesmo comunicado, a Chancelaria acusa os aviões militares norte-americanos de terem violado o espaço aéreo venezuelano.
"Neste sentido, o Governo Nacional exorta as autoridades holandesas a honrar seus compromissos com a paz e a segurança internacional, e a abster-se de agredir a Venezuela ou prestar sua colaboração para tal fim", acrescenta o texto.
A denúncia feita pela Chancelaria do país de Hugo Chávez foi rechaçada tanto pela Holanda, que a chamou de infundada, quanto pelo primeiro-ministro de Aruba, Mike Eman.
Na semana passada, durante uma visita a Caracas, o premier afirmou que a presença militar norte-americana na ilha caribenha tem como único objetivo a já anunciada luta contra o narcotráfico.
Militares dos Estados Unidos estão presentes em Aruba e Curaçao há vários anos com mais de 200 funcionários que promovem operações de vigilância e combate ao tráfico de drogas na região.
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