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Sobre o papel das “portas dos fundos” no Gmail e o ataque chinês às contas de correio da Google: A História por Contar

Fonte: Quintus

Recentemente, a invasão em algumas contas de correio eletrónico Gmail, da Google, esteve na base de uma grande celeuma entre o gigantesco motor de busca norte-americano e o governo chinês, que a dado ponto, envolveu até a administração Obama, com Hillary Clinton, atirando indiretas à China e à sua atitude sistemática de violar sistemas informáticos nos EUA, para obter informações e prosseguir os seus projetos de repressão da sua própria população. A invasão teria tido origem no enorme “ciberexército” de hackers que a China tem reunido nos últimos anos e que pelo Quintus, já foram alvo de várias notícias… Mas agora, a CNN, indica que a China poderá ter usado o… próprio Governo dos EUA para conseguir invadir o gmail. E isso sim, é espantoso.

Corre o rumor de que – pressionado pelo governo dos EUA – a Google terá estabelecido uma “porta dos fundos” (backdoor access) para as contas de correio Gmail e que teria sido esta a forma através da qual os hackers chineses teriam entrado nos sistemas invadidos. O rumor é antigo, e já existe desde os tempos do Windows 95 a propósito do acesso da NSA às máquinas Windows e tem sido reforçado por várias intenções declaradas de governos quanto a este tipo de acesso… e pela instalação de Sniffers ligados ao FSB (o “novo” KGB russo) em todos os ISP do país, naturalmente…

Este tipo de acesso de “porta dos fundos” propicia a estes abusos e apropriações pois não será particularmente difícil a uma organização de grandes dimensões e com muitos recursos identificar essas formas de acesso e apropriar-se delas para seu próprio benefício.

Recentemente, a Ericsson terá incorporado um forma de realizar escutas nos produtos da Vodafone (segundo reputado consultor de segurança Bruce Schneier). A característica estaria pronta a ser ligada a pedido dos governos. No Irão, sabe-se que empresas como a Siemens e a Nokia participaram na construção de uma rede governamental de cibervigilância e algo de idêntico sucedeu na China. E estas movimentações não acontecem apenas neste tipo de países, estando também a acontecer na Europa, na Austrália e no Canadá sob a falsa capa do “combate à pedofilia e ao terrorismo”.

Sejamos claros: talvez a conhecida vulnerabilidade “Aurora” do Microsoft Internet Explorer 6, não seja a única responsável pelas invasões cibernéticas chinesas. Sejamos igualmente claros: nem só empresas norte-americanas terão sido visadas, mas haverá alvos estratégicos em praticamente todos os países do mundo. E sejamos ainda mais claros: esta obsessão securitária dos governos “democráticos” atuais que está a transformar as nossas democracias em “Estados de Cibervigilância” a troco de “Segurança” começa a erodir os próprios pilares da Liberdade de Expressão e da Democracia, podendo além do mais ser abusada por regimes imorais e ditatoriais.