Considerado o sexto Estado do mundo a obter a bomba atômica, Israel possui entre 100 e 300 ogivas nucleares, segundo especialistas.
Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu cancelou a sua participação na cúpula de Washington sobre energia nuclear.
O Estado hebreu nunca confirmou nem desmentiu esta capacidade, seguindo sua habitual doutrina de ambiguidade deliberada.
Israel também não aderiu ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
A existência do arsenal nuclear israelense é mantida sob grande segredo.
A principal fonte de informação são os detalhes fornecidos em 1986 ao jornal britânico The Sunday Times por Mordehai Vanunu, um técnico da central nuclear de Dimona.
O programa nuclear israelense, lançado nos anos 50 pelo então primeiro-ministro David Ben Gurion, com a ajuda da França, girava em torno do reator de Dimona, no deserto do Neguev (sul).
O atual chefe de Estado israelense, Shimon Peres, foi seu arquiteto no posto de diretor geral do Ministério da Defesa.
Em maio de 1967, na véspera da guerra dos Seis Dias, Israel produziu suas primeiras armas nucleares, de acordo com o livro de Avner Cohen "Israel and the Bomb" (Israel e a bomba).
O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), sediado em Londres, estima que Israel possua atualmente "até 200 ogivas".
O grupo britânico Jane's, especializado em questões relacionadas ao setor de Defesa, considera que o número se situa entre "200 e 300".
A Iniciativa sobre a Ameaça Nuclear (NTI), uma ONG americana que tem entre seus membros renomados especialistas internacionais, estima uma cifra de entre "100 e 200" ogivas nucleares.
De acordo com a IISS, a força estratégica de Israel é composta por mísseis terra-terra Jericó 1 de curto alcance e Jericó 2 (foto) de médio alcance.
O Jane's calcula que o raio de ação dos Jericó 2 passou de 1.500 km inicialmente para 4.500 km, e que Israel possui também, desde 2005, de Jericó 3 de longo alcance (7.800 km).
O avião de combate F-16 também pode ser equipado com mísseis nucleares, ainda segundo o Jane's.
Israel adquiriu três submarinos do tipo Dolphin no final da década de 90 que, ainda de acordo com o grupo, têm "capacidade para lançar mísseis de cruzeiro Harpoon adaptados com cabeças nucleares".
Alguns especialistas acreditam também que o Estado judeu tem armas nucleares táticas (minas, obuses, etc.).
"Alguns analistas pensam que Israel mantém a maior parte de seu arsenal nuclear, ou até todo, não montado", mas que este poderá estar preparado para funcionar "em alguns dias", ressalta o Jane's.
Fonte: AFP - Fotos: AFP / zionismexplained.org - Noticias Sobre Aviação
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