O governo francês ofereceu à Argentina o navio de assalto anfíbio “Foudre” (L9011). Em 2007, a França havia oferecido à Armada de La República Argentina o “Ouragan” e posteriormente o “Orage”, que então substituiria o primeiro. Entretanto, a transferência foi sustada pela classe política do país portenho, devido aos elevados níveis de amianto presentes nos navios.
Em 2009, durante uma visita a Buenos Aires, o Ministro da Defesa da França, Hervé Mourin, ofereceu o “Foudre”, um TCD (Transport de Chalands de Débarquement, ou Transporte de Lanchas de Desembarque), que entrou em serviço na Marine Nationale em 1990 e que agora será substituído pelo “Dixmude”, terceira unidade da classe “Mistral”. O Foudre tem 168m de comprimento, 23,5m de boca e desloca 12.000t; pode atingir uma velocidade máxima de 21 nós e sua tripulação é de 220 militares. Possui hangares para quatro helicópteros médios (máximo de 9t de peso).
Pode também ser utilizado para operações de socorro humanitário, sendo convertido para navio hospital, com duas salas de operação completamente equipadas, uma enfermaria para 55 leitos, duas salas para queimados, uma sala de radiologia, um laboratório e um banco de sangue.
A doca interna abriga até oito LCM, e dois EDPV podem ser posicionados sobre o convés. Removendo-se o piso do convoo, pode transportar lanchar rápidas, rebocadores, veículos e helicópteros, até um peso de 3.500t.
O oferecimento do “Foudre” coincide com as declarações feitas há cerca de dois meses pelo Sub-comandante da Armada Argentina, Vice-Almirante Benito Ítalo Rotolo: “Considero que a Argentina precisa fortalecer seu núcleo de navios capitais para ter independência em suas costas e operar nos mares que o país determine. Para que uma força naval faça sentido, necessitamos de navios capitais, e não estamos muito longe de conseguir isso, porque não são tão caros”, assinalando ainda que poderiam ser construídos em estaleiros nacionais.
Fonte: Segurança & Defesa - Por: Juan Carlos Cicalesi e Santiago Rivas
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