Seul respondeu hoje negativamente à proposta da vizinha e rival Coreia do Norte para encetar conversações militares bilaterais sobre o afundamento da corveta sul-coreana em Março passado.
Coreia do Norte ofereceu negociações militares bilaterais
Seul rejeita conversações com Pyongyang sobre afundamento de corveta
Seul rejeita conversações com Pyongyang sobre afundamento de corveta
“O Governo vai privilegiar as discussões no seio do Conselho de Segurança [das Nações Unidas]”, avançou o porta-voz do ministério sul-coreano dos Negócios Estrangeiros, Kim Young-Sun, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Numa carta dirigida à missão diplomática do México – que assume a presidência do Conselho de Segurança – o regime norte-coreano oferecia a possibilidade de entrar em discussões com Seul para apurar as circunstâncias do naufrágio da “Cheonan”, a 26 de Março, causando a morte de 46 dos 104 marinheiros a bordo.
Um inquérito conduzido por vários peritos internacionais concluiu, em relatório apresentado no final de Maio, que a corveta militar afundara na sequência de um tiro de um torpedo submarino disparado por forças norte-coreanas. O incidente causou forte vaga de condenação global de Pyongyang, com a Coreia do Sul a exercer forte pressão no palco internacional para que a vizinha do norte seja condenada pelas Nações Unidas.
Mas Pyongyang nega quaisquer responsabilidades e exige poder inspeccionar directamente o local do acidente, na zona de demarcação marítima entre os dois países, assim como os destroços da corveta entretanto recuperada das águas pela Coreia do Sul.
“Acreditamos que a forma mais racional de resolver este incidente é a de que Coreia do Norte e Coreia do Sul se sentem juntas para apurar a verdade”, é dito na carta enviada à missão diplomática mexicana. Pyongyang deixou já bem claro, desde meados do mês passado, que reagirá “militarmente” caso venham a ser aprovadas resoluções contra o país pelo Conselho de Segurança.
Fonte: Publico PT
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