Odebrecht, Camargo Correa e Andrade Gutierrez que se cuidem. A partir de 2011, a União Europeia quer adotar uma lei que permitirá a exclusão de empresas brasileiras de licitações públicas na Europa, em retaliação a medidas consideradas protecionistas. A proposta está sendo feita não só em relação ao Brasil, mas também a outras economias emergentes, como forma de pressão para abrirem seus mercados às empresas europeias em contratos de licitação pública.

A medida faz parte da estratégia de comércio exterior lançada ontem pela União Europeia (UE) para os próximos dez anos. Europeus avaliam que estão perdendo espaço no comércio internacional. Para reconquistar posições perdidas, a UE decidiu enfrentar as barreiras impostas pelos mercados emergentes, principalmente dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China).

A UE listou seis países considerados como prioridade no relacionamento comercial até 2020: Estados Unidos, China, Japão, Índia, Rússia e Brasil. Mas, ao colocar o Brasil como prioridade, a Europa também indica que o País precisa abrir seu mercado. A principal queixa da UE se refere ao regime de licitações públicas existente no País.

A Europa acusa o governo de ter criado neste ano o seu "Buy Brazilian", um programa que daria privilégios às empresas nacionais em processos de licitação e de compras governamentais no Brasil. Para poder participar de contratos públicos, empresas teriam de ter um mínimo de conteúdo de peças, equipamentos e serviços originários do Brasil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.