A Lockheed Martin espera para saber o resultado de uma revisão recente em seu programa F-35 Joint Strike Fighter em meados de dezembro, ele também começa a se adaptar a uma mudança importante anunciada pelo seu principal parceiro internacional, o Reino Unido.

O conselho de aquisição de equipamentos de defesa dos EUA reuniu-se no final de novembro para discutir potenciais custos e atrasos no cronograma do F-35, acredita-se ter sido delineado durante uma revisão de base técnica. Com o resultado das suas recomendações a serem incluídas no orçamento do próximo ano fiscal, pensava-se que os detalhes não sairiam até o início do próximo ano.

"O orçamento vai ser bloqueado nas próximas semanas, e minha impressão é que vamos deixar de ter um forte apoio do Departamento de Defesa", diz Tom Burbage, executivo da Lockheed e vice-presidente do programa F-35 JSF. "Eu não esperava ouvir nada tão dramático como uma mudança de variante", acrescenta ele, referindo-se às sugestões de que a versão B do F-35 poderia ser cancelada.

Enquanto isso, Burbage está confiante de que os problemas que enfrenta o programa em breve serão superados. "As questões serão todas resolvidas dentro de um ano", diz ele. "Se a equipe que reunimos não podem resolvê-los, então eles não podem ser resolvidos."

Mas Burbage diz que a Lockheed ficou aliviada mesmo com as recentes mudanças do departamento de Defesa Estratégica e Análise de Segurança do Reino Unido, que trocou o F-35B pelo F-35C. "Ficamos gratos mesmo que o orçamento esteja baixo, até por que foi com ele que o programa veio", disse ele.



Acima: O F-35A durante o 7º vôo de testes. Após problemas elétricos ocorridos durante o vigésimo vôo, o F-35 ficou praticamente todo o ano de 2007 no chão atéa Lockheed conseguir resolver o problema. Os vôos de teste forma retomados no final de 2007.

O Reino Unido é espera assinar o contrato para a produção do primeiro F-35 em meados de 2012, com Burbage dizendo que este deve ser de um lote inicial de sete aeronaves. Um contrato para mais nove seria, então, assinado em 2014, um ano antes de ser feita uma revisão na estatégia de defesa do Reino Unido. Somente após isso a Lockheed poderá abrir negociações para o total previsto pelos britânicos, que é de 138 aeronaves.

Enquanto isso, Burbage revela que o Reino Unido solicitou inicialmente suporte operacional para os F-35B que iriam adquirir mas agora iria ser trocado para o F-35C. A Lockheed está buscando soluções para ajudar seu cliente, mas Burbage observa que irá demorar para por a aeronave modelo B em plena operação - incluindo seu sistema de propulsão Rolls-Royce Liftfan - que foram encomendados cerca de 18 meses atrás.

Fonte: FlightGlobal - Via: Mundo Aviação