Menos de duas semanas antes de uma segunda rodada de negociações com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e com a Alemanha, Ali Akbar Salehi disse que o Irã estava levando adiante o enriquecimento de urânio que o órgão pediu que a nação suspendesse devido a temores de que o material poderia ser usado para bombas atômicas.
Salehi disse à agência de notícias semi-oficial Fars que uma oferta por parte desses países para fornecer combustível para o reator em troca de urânio iraniano, de baixo enriquecimento --elemento central das conversas anteriores--, foi perdendo seu apelo conforme o Irã pode em breve ser capaz de produzir o próprio combustível.
"Estamos esperançosos para testemunhar ao longo do primeiro semestre do próximo ano (iraniano, que começa a 21 de março) a injeção dos primeiros 20 por cento (de urânio enriquecido) a partir do lote de combustível iraniano produzido para o centro de pesquisas nucleares de Teerã", afirmou Salehi.
Salehi disse que o país fará tanto as "chapas", utilizadas no reator de Teerã, quanto as barras de combustível nuclear, que são usadas em estações de energia, no centro da cidade iraniana de Isfahan.
"A descoberta foi feita em conexão com a produção de barras de combustíveis e com as placas. Com a conclusão desta planta em Isfahan estamos entre os poucos países capazes de produzir quanto um quanto o outro", disse ele.
Atualmente a única estação de potência nuclear do Irã, a usina de Bushehr (foto acima) --construída pela Rússia e que deverá começar a produzir eletricidade em breve-- usa combustível importado de Moscou.
Fonte: Yahoo News - (Texto de Robin Pomeroy)
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