As maiores preocupações relacionadas à segurança digital para o próximo ano serão a sabotagem e a espionagem cibernética, dizem especialistas do setor.

Outras previsões incluem o surgimento de vírus sofisticados, inclusive para dispositivos móveis, e violações ao estilo WikiLeaks.

Os ataques do tipo Stuxnet estão no topo da lista das preocupações após ser utilizado para interferir nos esforços de geração de energia nuclear do Irã.

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Em novembro, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad confirmou que o Stuxnet tinha atingido seu objetivo. "Eles conseguiram criar problemas para um número limitado de nossas centrífugas com o software que instalaram em componentes eletrônicos", disse Ahmadinejad numa entrevista coletiva.

A empresa de segurança Kaspersky descreveu o Stuxnet como "um protótipo funcional e temível de uma ciberarma", que poderá levar à criação de uma nova corrida armamentista".

Art Coviello, presidente da empresa de segurança RSA, concorda com a avaliação. "O Stuxnet é o maior risco quando penso num conflito cibernético", disse ele. "Também noto que todas as nações civilizadas reconhecem que a guerra cibernética irá se agravar até o ponto de assegurar a destruição mútua."

Dividindo as preocupações com o Sutxnet, estão os ataques de hackers realizados por simpatizantes do site WikiLeaks. Membros de um grupo autodenominado Anonymous atacaram a Amazon, Mastercard, Visa e PayPal em retaliação por essas empresas dificultarem a capacidade do WikiLeaks de arrecadar fundos.

Segundo Hugh Thompson, professor de ciência da computação na Universidade Columbia, esses eventos vão mudar a segurança a longo prazo.

"Isso vai mudar alguns dos elementos de segurança das empresas, antes centrada em firewalls e vazamentos de dados", disse Thompson. "Agora, se as empresas caírem em desgraça por qualquer razão, como a BP e o vazamento de óleo, existe um outro caminho para as pessoas protestarem no futuro."

Outro grande alvo em 2011 são os telefones celulares, cada vez mais transformados em carteiras virtuais e muito usados no trabalho. O M86 Security Labs previu em seu relatório de ameaças para o ano que vem que o “crescente mercado de smartphones e a demanda por tablets levará a um crescimento dos vírus em dispositivos móveis.”

Fonte: Veja