Um dos principais pensadores de esquerda do Egito, o economista Samir Amin defendeu nesta quinta-feira que o país aproveite a eventual queda do ditador Hosni Mubarak para romper com a política de alinhamento aos EUA e a Israel.
Ele criticou a proposta de transição suave do presidente Barack Obama e acusou Washington de tentar "marginalizar o movimento popular" das ruas do Cairo.
"O que Obama entende por transição suave e pacífica quer dizer não mudar nada. É fazer um mínimo de concessões democráticas e manter o alinhamento incondicional aos EUA", disse.
Em Dacar (Senegal), onde participa do Fórum Social Mundial, Amin defendeu uma mudança radical na política externa egípcia.
"O Egito deve sair do alinhamento automático e incondicional à hegemonia dos EUA, que inclui a obrigação de tolerar a colonização do Estado palestino por Israel."
Ele afirmou que o movimento popular não reivindica apenas a abertura do regime e a realização de elições livres, como prega Obama.
"O que acontece no Egito, neste momento, sem abusar do termo, é uma revolução", disse. "O objetivo dos manifestantes é mudar o sistema. Não é apenas alcançar uma democracia que coloque fim à ditadura da polícia."
Segundo o economista, o plano de transição traçado por Washington "não conduz a lugar algum" e deve ser ignorado por um possível governo de transição.
Amin disse não acreditar que a Irmandade Muçulmana se torne a força política dominante em caso de renúncia de Mubarak.
Ele rechaçou comparações entre o movimento popular no Egito e a revolucão islâmica no Irã, em 1979.
"Não creio que o que aconteceu no Irã vá se reproduzir no Egito. A Irmandade Islâmica não representa a essência deste movimento."
O rumor de que Mubarak teria decidido renunciar foi recebido com euforia no fórum em Dacar.
A notícia se espalhou de sala em sala na universidade que sedia o vento. Diversos debates foram interrompidos pelos próprios palestrantes para celebrar a "revolução egípcia".
Fonte: BOL
Ele criticou a proposta de transição suave do presidente Barack Obama e acusou Washington de tentar "marginalizar o movimento popular" das ruas do Cairo.
"O que Obama entende por transição suave e pacífica quer dizer não mudar nada. É fazer um mínimo de concessões democráticas e manter o alinhamento incondicional aos EUA", disse.
Em Dacar (Senegal), onde participa do Fórum Social Mundial, Amin defendeu uma mudança radical na política externa egípcia.
"O Egito deve sair do alinhamento automático e incondicional à hegemonia dos EUA, que inclui a obrigação de tolerar a colonização do Estado palestino por Israel."
Ele afirmou que o movimento popular não reivindica apenas a abertura do regime e a realização de elições livres, como prega Obama.
"O que acontece no Egito, neste momento, sem abusar do termo, é uma revolução", disse. "O objetivo dos manifestantes é mudar o sistema. Não é apenas alcançar uma democracia que coloque fim à ditadura da polícia."
Segundo o economista, o plano de transição traçado por Washington "não conduz a lugar algum" e deve ser ignorado por um possível governo de transição.
Amin disse não acreditar que a Irmandade Muçulmana se torne a força política dominante em caso de renúncia de Mubarak.
Ele rechaçou comparações entre o movimento popular no Egito e a revolucão islâmica no Irã, em 1979.
"Não creio que o que aconteceu no Irã vá se reproduzir no Egito. A Irmandade Islâmica não representa a essência deste movimento."
O rumor de que Mubarak teria decidido renunciar foi recebido com euforia no fórum em Dacar.
A notícia se espalhou de sala em sala na universidade que sedia o vento. Diversos debates foram interrompidos pelos próprios palestrantes para celebrar a "revolução egípcia".
Fonte: BOL
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