Na noite de 6 de junho de 1983, a tripulação do comercial espanhol Alraigo viram um caça da Marinha Real em suas cabeças e espetacularmente pousando no convés do seu navio. O piloto, prestes a ficar sem combustível, feito uma desesperada manobra encima do navio A cena durou apenas 30 segundos e entrou para a história como o primeiro pouso de um caça militar em um navio civil no mar. Poucas horas depois, a aeronave seria transferida para Tenerife e retidos pela tripulação durante vários dias. Esta é a história do evento que quase desencadeou um conflito diplomático:
porta-aviões HMS Illustrious
Os marinheiros do Alraigo não podiam acreditar no que aconteceu. Watson descobriu que tudo estava em ordem e foram apresentados à equipe. No entanto, o capitão, que tinha de cumprir os seus horários, mandou todos tomarem seus lugares que continuaria indo para Tenerife, onde teria que entregar sua carga.
Nos próximos minutos, a notícia de que um dos seus caças estava pousado em um cargueiro civil chegou ao HMS Illustrious que começou a enviar sinais de radio com a intenção de desviar o 'Alraigo' para Portugal.
Mas o capitão não estava disposto a ir. Poucas horas depois chegou a notícia aos meios de comunicação e a tensão foi crescendo a cada minuto.
Três dias depois, ao meio-dia de quinta-feira 09 de junho, o Alraigo entrou no porto de Tenerife, na presença de centenas de espectadores, com um avião de caça em sua carga Nos próximos dias, o governo britânico começou os esforços para recuperar os equipamentos (no valor de 1.500 milhões de pesetas) e prometeu recompensar a equipe do Alraigo pelos riscos enfrentados . Na verdade, embora a manobra foi considerada heróica, era um perigo real para os homens de Alraigo: um excesso de peso na capa poderia ter alterado os centros de gravidade e fazer o navio afundar, para não mencionar os danos que poderiam ter causado o calor dos motores.
Finalmente, o Governador Civil de Santa Cruz de Tenerife ordenou a aterrissagem do avião sob a ameaça de uso da força. Em 15 de junho, às 15:10 horas, uma empresa de guindaste puxou o avião e colocou sobre o convés do navio britânico.
Segundo alguns meios de comunicação, como El Pais A tripulação iria receber cerca de 3,6 milhões de pesetas, como uma recompensa pelo resgate, uma bela recompensa para uma das experiências mais surreais que já viveram no mar.
Segundo alguns meios de comunicação, como El Pais A tripulação iria receber cerca de 3,6 milhões de pesetas, como uma recompensa pelo resgate, uma bela recompensa para uma das experiências mais surreais que já viveram no mar.
Fonte: http://www.fogonazos.es/ - Recebi por e-mail do meu amigo Reinaldo 'BOB' Garcia.
O capitão não levou tão na esportiva quando se poderia esperar de alguém que estava prestes a obter uma indenização da Marinha Britânica.
O descontente comandante do cargueiro se recusou a devolver o penetra aéreo de volta ao cruzador inglês e decidiu prosseguir a viagem com toda a fleuma do mundo.
Explicação jurídica do caso:
“(...) este incidente gerou uma batalha jurídica muito interessante. O dono do navio (e não seu comandante) iniciou uma ação em Londres, reclamando premio de salvamento do Governo Inglês. Salvamento de vida humana é obrigatório e não dá direito a uma remuneração.
Mas o salvamento de bens em perigo não. Ninguem está obrigado a se colocar em risco para salvar a propriedade de outrem, e se o faz, e a propriedade é salva, tem direito a um prêmio de salvamento, uma porcentagem sobre o valor do bem salvo.
Este sistema é muito praticado entre navios. Existe até um contrato padrão, o Lloyd's Open Form of Salvage Agreement, apelidado de "No cure no pay", isto é, o salvador só recebe se houver um resultado útil.
O premio é fixado depois do salvamento, e não pode exceder o valor dos bens entregues em um local seguro, depois do salvamento. O premio é dividido, uma parte para o dono da embarcação salvadora e outra dividida entre todos os tripulantes, de acordo com a participação de cada um.
O caso do Harrier foi o primeiro em que aplicou-se o princípio de salvamento no mar a uma aeronave. No caso do Harrier, snme, o pouso em cima de um container no convés do navio não teria sido de surpresa. O Comte do navio teria concordado com o plano do piloto do Harrier, navegado a feição para minimizar o efeito do vento e os balanços do navio. Poderia ter se negado a "receber" o Harrier, cujo piloto poderia ser salvo retirado do mar por sua guarnição, depois de um pouso no mar ou de ter ejetado.
O Sea Harrier foi salvo e devolvido inteiro e sem avarias aos ingleses. Daí a corte ter decidido que o prêmio de salvamento era devido.
O felizardo Capitão recebeu uma indenização de 1,4 milhões de dólares do governo britânico pelo “resgate” ocasional. Nada mal para quem apenas teve uma Van levemente amassada!
Vejam que 1,4 milhões de dólares corresponde a uma porcentagem pequena do valor de um Harrier. Talvez cerca de 10%.
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