O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse neste domingo (20) que seria "insensato" matar o ditador da Líbia, Muammar Khadafi, na operação militar da coalizão para deter as forças de segurança do regime.

"Acredito na importância de operarmos com base na resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse.

"Se começarmos a acrescentar objetivos, acredito que vamos gerar outro problema neste sentido. Não é sensato estabelecer metas que talvez não possamos atingir", afirmou Gates, a caminho da Rússia.

Prédio atingido
Um míssil atingiu um prédio administrativo do complexo residencial de Kadhafi em Tripoli, capital da Líbia, testemunhou a a France Presse na noite deste domingo.

Mas o Pentágono reafirmou que o local não é um dos alvos da ofensiva aliada.

Gates também afirmou que os assessores do presidente Barack Obama apoiaram unanimemente a decisão de usar a força militar na Líbia.

Segundo Gates, os EUA veem muitas possibilidades para uma futura liderança da campanha militar na Líbia, mas os aliados árabes mostraram certa resistência em operar sob a bandeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Acho que há duas possibilidades. Uma é a liderança britânica e francesa. Outra é o uso da estrutura da Otan", afirmou.

"Acredito que há uma sensibilidade por parte da Liga Árabe pelo fato de poder ser vista operando sob o guarda-chuva da Otan. E, então, a questão é se existe uma maneira que podemos trabalhar fora do comando da Otan e comandar a estrutura sem que seja uma missão da Otan e sem uma bandeira da Otan."

Fonte: G1