O robô Remora 6000, que tentará localizar as caixas-pretas do avião AF 447 da Air France, realizou sua primeira missão de mergulho nesta terça-feira (26), segundo o Escritório de Análises e Investigações da França (BEA, na sigla em francês).
O BEA apura as causas do acidente que matou 228 pessoas em 31 de maio de 2009, quando o Airbus da empresa aérea francesa caiu no Oceano Atlântico.
Segundo a organização, a prioridade desta quinta fase das buscas é localizar as caixas-pretas do avião.
O navio francês Ile de Sein, que havia saído na sexta-feira (22) do Porto de Dacar, no Senegal, chegou à área de buscas às 2h da manhã (hora de Brasília) desta terça-feira (26).
Segundo o BEA, dois grupos de trabalho foram formados. Um deles continua analisando as 15 mil fotos dos destroços tiradas por outros robôs na fase anterior das buscas, sobretudo as da parte traseira do Airbus, onde se situam as caixas-pretas do avião. O segundo grupo estuda os procedimentos ligados à recuperação das duas caixas-pretas, dos calculadores de voo e de outras peças do avião consideradas úteis para as investigações, como os motores e as asas.
Partes da fuselagem da aeronave, juntamente com corpos de passageiros, foram encontradas no início do mês de abril.
O robô operado remotamente tentará localizar as caixas-pretas do avião. Os investigadores ainda não sabem, no entanto, se as duas caixas-pretas, que contêm os parâmetros técnicos do voo e as gravações das conversas dos pilotos, poderão ser analisadas, após terem ficado quase dois anos submersas a 3,9 mil metros de profundidade.
Pouco antes de embarcar no navio em Dacar, o responsável pela investigação do acidente da Air France, Alain Bouillard, disse que "é um desafio para o BEA poder analisar o conteúdo das caixas-pretas".
“Se tudo der certo, serão necessários vários dias de preparativos para ler o conteúdo delas e talvez várias semanas, se estiverem danificadas”, afirmou.
As caixas-pretas são consideradas fundamentais para descobrir as causas do acidente. Se forem localizadas, elas serão colocadas em uma fragata da marinha francesa, que sairá de Caiena, na Guiana Francesa, para trazê-las à França.
O BEA disse os investigadores já têm as coordenadas geográficas precisas dos destroços, a partir da análise das 15 mil fotos tiradas por outros robôs submarinos na operação anterior, que havia localizado a fuselagem no início de abril.
Isso permitirá uma intervenção mais rápida do robô Remora 6000 (ROV, na sigla em inglês – Veículo Operado Remotamente) no local onde está a cauda do avião, em busca das caixas-pretas.
Fonte: Jornal da Midia
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