A OTAN prometeu manter a pressão militar sobre o regime líbio enquanto as forças leais a Muammar Khadafi continuarem a atacar civis. Os aliados reconheceram ainda que precisam de mais aviões para missões de ataque ao solo.

“Estamos empenhados em fornecer [à missão] os recursos necessários e a máxima flexibilidade operacional”, disse o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, no final de um almoço de trabalho dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança, reunidos em Berlim.

Depois das críticas de França e do Reino Unido ao desempenho da Aliança, Rasmussen explicou que os aliados se comprometerem a “tudo fazer para proteger os civis, não só com palavras, mas também com actos”. Nas duas semanas desde que recebeu dos EUA o comando da missão, os aviões da NATO efectuaram duas mil missões – operações que serão mantidas “tanto tempo quanto for preciso” para convencer as forças de Khadafi a parar os ataques e a retirar das cidades ocupadas.

Pela primeira vez, a Aliança reconheceu que precisa de mais aviões dedicados a atacar forças e equipamentos no solo. “Estou convencido que os países-membros serão capazes de fornecer os meios” que foram pedidos pelo comando militar, disse o secretário-geral.

Dos 28 Estados-membros da NATO, apenas 14 participam activamente na missão e, destes, só seis deram autorização aos seus aviões para efectuar ataques contra as forças de Khadafi. Outros, como é o caso de Espanha ou da Noruega, limitam as operações à fiscalização da zona de exclusão aérea. Também os EUA retiraram boa parte dos seus caças da Líbia depois de terem passado à NATO o comando da missão.

Na mesma altura em que Rasmussen falava aos jornalistas em Berlim, na capital líbia eram ouvidas quatro explosões seguidas de disparos de antiaéreas. Um jornalista da Reuters viu várias nuvens de fumo a elevar-se de uma zona no Sul de Trípoli.

Fonte: Publico