A morte de Osama bin Laden marca o fim de uma era em que o combate ao terrorismo norteou a política de segurança dos EUA e o início de outra, em que o tema dividirá a atenção com outras questões como o aquecimento global e a segurança energética.
A opinião é do professor de relações internacionais da Universidade de Princeton John Ikenberry, que esteve ontem no Rio para participar de um seminário sobre geopolítica e segurança promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais.
Ikenberry listou ainda as pandemias de doenças e a proliferação nuclear como outras ameaças do mesmo porte do terrorismo. E disse que o multilateralismo é a chave para combatê-los.
"Não temos como estar seguros sozinhos no século 21. Só estaremos seguros se estivermos juntos", disse.
Ao fim de sua palestra, Ikenberry falou à Folha:
Folha - Por que a morte de Bin Laden marca o fim de uma era?
Ikenberry- É uma questão simbólica. Finalmente foi feita Justiça contra o mentor dos atentados de 11 de Setembro. Para os americanos, é como o fim de um pesadelo de dez anos.
Essa morte pode aumentar a pressão interna para que os EUA saiam do Afeganistão?
Com certeza o debate vai se intensificar. Os americanos estão cansados da guerra, e a morte de Bin Laden dará mais força às vozes dos que acham que é hora de voltar para casa.
Mas não podemos esquecer que a al Qaeda e o terrorismo internacional não morrem com Bin Laden. Há muitos grupos que continuam a operar com os mesmos objetivos.
O presidente Obama disse que o mundo está mais seguro com a morte de Bin Laden. O sr. concorda com essa afirmação?
Sim. O mundo está mais seguro, porque os terroristas perderam o seu líder carismático, quase espiritual. Essa morte também manda um aviso aos promotores de violência, de que eles serão caçados e serão pegos, não importa o tempo que leve.
O sr. concorda com a decisão do governo dos EUA de jogar o corpo de Bin Laden no mar e de não ter divulgado fotos?
É um esforço para não inflamar ainda mais tensões. Me parece ter sido a decisão correta.
Fonte: UOL/BOL
A opinião é do professor de relações internacionais da Universidade de Princeton John Ikenberry, que esteve ontem no Rio para participar de um seminário sobre geopolítica e segurança promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais.
Ikenberry listou ainda as pandemias de doenças e a proliferação nuclear como outras ameaças do mesmo porte do terrorismo. E disse que o multilateralismo é a chave para combatê-los.
"Não temos como estar seguros sozinhos no século 21. Só estaremos seguros se estivermos juntos", disse.
Ao fim de sua palestra, Ikenberry falou à Folha:
Folha - Por que a morte de Bin Laden marca o fim de uma era?
Ikenberry- É uma questão simbólica. Finalmente foi feita Justiça contra o mentor dos atentados de 11 de Setembro. Para os americanos, é como o fim de um pesadelo de dez anos.
Essa morte pode aumentar a pressão interna para que os EUA saiam do Afeganistão?
Com certeza o debate vai se intensificar. Os americanos estão cansados da guerra, e a morte de Bin Laden dará mais força às vozes dos que acham que é hora de voltar para casa.
Mas não podemos esquecer que a al Qaeda e o terrorismo internacional não morrem com Bin Laden. Há muitos grupos que continuam a operar com os mesmos objetivos.
O presidente Obama disse que o mundo está mais seguro com a morte de Bin Laden. O sr. concorda com essa afirmação?
Sim. O mundo está mais seguro, porque os terroristas perderam o seu líder carismático, quase espiritual. Essa morte também manda um aviso aos promotores de violência, de que eles serão caçados e serão pegos, não importa o tempo que leve.
O sr. concorda com a decisão do governo dos EUA de jogar o corpo de Bin Laden no mar e de não ter divulgado fotos?
É um esforço para não inflamar ainda mais tensões. Me parece ter sido a decisão correta.
Fonte: UOL/BOL
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