Em um momento no qual a Itália é pressionada pelos mercados financeiros, saiu a confirmação de que o ministro italiano das Finanças, Giulio Tremonti, se reuniu na semana passada com o presidente do fundo soberano chinês CIC.
De acordo com o jornal Financial Times, as conversas abordaram a compra pela China de títulos da Itália, país que enfrenta uma crise de confiança dos mercados. Além da Itália, outros países da União Europeia, como a Espanha, a Grécia, também enfrentam problemas para pagar suas contas.
A compra de títulos de países da União Europeia, segundo analistas, poderia ser um modelo adotado pelos países integrantes do Bric para tentar ajudar a Zona do Euro. Para isso, os governos dos países emergentes poderiam lançar mão de suas reservas internacionais. Somente o Brasil, por exemplo, possui mais de US$ 350 bilhões em reservas cambiais - a maior parte aplicada em títulos do tesouro dos Estados Unidos, considerados de baixo risco.
Dados da agência europeia de estatística, a Eurostat, divulgados na semana passada, mostram que a economia da União Europeia e da zona do euro cresceu no segundo trimestre apenas 0,2% em relação aos três primeiros meses deste ano. Entre janeiro e março de 2011, a economia da região havia avançado 0,8%.
Esta queda se deve à redução do consumo das famílias e à forte freada no avanço dos maiores países da UE, principalmente a Alemanha, que cresceu somente 0,1% na comparação com o trimestre anterior, e a França, cuja economia estagnou.
Outras economias importantes da zona do euro, como Itália, Espanha e Holanda, também registraram crescimentos menores de suas economias, respectivamente 0,3%, 0,2% e 0,1%, segundo dados da Eurostat.
Fonte: G1
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