Os países que integram o chamado "Brics", que são o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul, vão se reunir na próxima semana em Washington (Estados Unidos) e discutir como fazer para ajudar a União Europeia, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (13). Na próxima semana, acontece na capital norte-americana a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).

BRIC -Normalmente traduzido como "os BRICs", é a união em uma sigla, dos mais importantes países Emergentes da atualidade :Brasil, Rússia, Índia e China.

Em um momento no qual a Itália é pressionada pelos mercados financeiros, saiu a confirmação de que o ministro italiano das Finanças, Giulio Tremonti, se reuniu na semana passada com o presidente do fundo soberano chinês CIC.

De acordo com o jornal Financial Times, as conversas abordaram a compra pela China de títulos da Itália, país que enfrenta uma crise de confiança dos mercados. Além da Itália, outros países da União Europeia, como a Espanha, a Grécia, também enfrentam problemas para pagar suas contas.

A compra de títulos de países da União Europeia, segundo analistas, poderia ser um modelo adotado pelos países integrantes do Bric para tentar ajudar a Zona do Euro. Para isso, os governos dos países emergentes poderiam lançar mão de suas reservas internacionais. Somente o Brasil, por exemplo, possui mais de US$ 350 bilhões em reservas cambiais - a maior parte aplicada em títulos do tesouro dos Estados Unidos, considerados de baixo risco.

Dados da agência europeia de estatística, a Eurostat, divulgados na semana passada, mostram que a economia da União Europeia e da zona do euro cresceu no segundo trimestre apenas 0,2% em relação aos três primeiros meses deste ano. Entre janeiro e março de 2011, a economia da região havia avançado 0,8%.

Esta queda se deve à redução do consumo das famílias e à forte freada no avanço dos maiores países da UE, principalmente a Alemanha, que cresceu somente 0,1% na comparação com o trimestre anterior, e a França, cuja economia estagnou.

Outras economias importantes da zona do euro, como Itália, Espanha e Holanda, também registraram crescimentos menores de suas economias, respectivamente 0,3%, 0,2% e 0,1%, segundo dados da Eurostat.

Fonte: G1