É o Boeing X-37B, um avião não tripulado criado para voos espaciais de até oito meses e utilizado pela USAF para experimentos militares e científicos. Há estudos de se criar um X-37C, ampliando seu tamanho e reforçando sua estrutura para que seja possível que a aeronave carregue astronautas e seja capaz de voar e acoplar com a Estação Espacial Internacional (ISS). Poderiam ser desenvolvidos dois modelos, um capaz de voo tripulado e outro controlado remotamente para transportar cargas para a ISS.
Como foi concebido originalmente como avião, o eventual X-37C seria carregado por um foguete ao espaço e pousaria na Terra como um avião. Ou seja, exatamente com o mesmo comportamento do veículo espacial anterior, aposentado por conta de seus custos, defasagem tecnológica e falta de segurança.
Esse é só mais um sinal de que a NASA não sabe para onde correr. Uma das ideias para o desenvolvimento da nova geração de veículos espaciais tripulados era evitar o conceito de aviões espaciais para driblar a possibilidade de acidentes na reentrada da atmosfera.
Cápsulas mais compactas e com menor área de atrito são mais seguras nesses momentos, o que explica a inexistência de acidentes com esse tipo de equipamento, utilizado pelos russos desde os tempos da União Soviética.
Mas o projeto pode se revelar caro demais para a NASA, que sofre com constantes cortes de orçamento há alguns anos. Nesse caso, não seria estranho se a Boeing voltasse sua atenção para o recente mercado de voo espacial turístico, criando uma espaçonave muito mais confortável que as desajeitadas cápsulas espaciais russas Soyuz, que caem no chão sem a menor cerimônia. Existem dois X-37B à serviço da Força Aérea e custaram US$ 1 bilhão cada.
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