A fabricante de defesa Lockheed Martin disse na quinta-feira que vai oferecer a montagem final do caça F-35 para as empresas japonesas como uma oferta no possível contrato de defesa com Tóquio, buscando reforçar suas chances de ganhar uma licitação para fornecer aviões de guerra no valor de até US$ 8 bilhões para o Japão, dizendo que também irá oferecer a fabricação de componentes principais, o trabalho de manutenção e montagem do motor do F-35 para as empresas japonesas.
O F-35 “tem levado a nossa indústria e parceiros para um novo nível”, disse John Balderston, o diretor de campanha da candidatura da Lockheed no Japão. “Ele vai colocar a indústria aeroespacial japonesa na liderança”, se referindo ao que a Lockheed diz que ser a tecnologia mais avançada dentre os concorrentes.
O caça F-35 Joint Strike Fighter da Lockheed está competindo para uma encomenda que será feita para substituir os antigos caças F-4 Phantom no Japão contra o F/A-18 Super Hornet da Boeing e o Typhoon, feita por um consórcio de empresas europeias, incluindo a EADS, a BAE Systems da Grã-Bretanha e a Finmeccanica da Itália.
O Japão raramente compra equipamentos europeus, preferindo manter o seu braço militar com EUA ou mesmo os projetistas de armas do Japão, e a encomenda para 40 jatos está previsto para ir para Lockheed ou Boeing.
Enquanto o novo projeto do Lockheed F-35 tem uma vantagem com a tecnologia stealth, os estouros de custos e os atrasos no cronograma lançaram dúvidas sobre as suas perspectivas.
O Pentágono disse na quarta-feira que espera terminar uma estimativa de custo do primeiro lote do F-35 ainda neste mês.
Autoridades estimam que ele vai custar US$ 382 bilhão para fabricar 2.447 dos jatos para os militares dos EUA, mas o chefe de compras de armas do Pentágono Ashton Carter prometeu que vai baixar muito esse nível previsto.
Os fabricantes de armas norte americanas tipicamente espalham para o exterior grande parte da produção para empresas japonesas, incluindo a Mitsubishi Heavy Industries, Kawasaki Heavy Industries e IHI, como parte dos acordos do passado para o fornecimento de equipamentos para o Exército, Marinha e Força Aérea do Japão.
O executivo da Boeing, Phillip Mills, disse à Reuters no mês passado, que os fabricantes de defesa local poderiam construir três quartos dos componentes do Super Hornet sob licença se o Japão escolher a aeronave.
Fonte: Reuters – Via: Cavok
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