Com capacidade para transportar 650 soldados, 16 helicópteros, 110 veículos blindados e 13 tanques, o BPC Dixmude, da classe mistral, o mais moderno navio francês em operação, impressiona pelo tamanho - 199 metros de comprimento - e pela tecnologia de ponta. Atracada no Cais do Porto desde terça-feira, a embarcação veio ao Brasil em missão de formação de oficiais da Marinha francesa. Este ano, o curso conta com 144 cadetes. No grupo há também 16 estrangeiros, incluindo o brasileiro João Celso Silva de Deus, 24 anos, que é da Marinha brasileira, mas está num programa de intercâmbio.
 
Além do BPC Dixmude, a missão conta com a participação da fragata Georges Leygues (um destróier antissubmarino). Ambas as embarcações serão testadas em exercícios militares, na segunda e na terça-feira, com a participação da Marinha brasileira, que mobilizará duas fragatas, um navio-patrulha, um submarino e aviões de caça.

- Vamos fazer simulações de combates aeronavais, com uma série de exercícios, que vão desde desembarque de tropas na costa de Marambaia até evacuação de vítimas - detalhou o comandante do Grupo-Escola e do BPC Dixmude, Guillaume Goutay.

A missão de treinamento começou em março, na cidade francesa de Toulon, e está marcada para acabar em julho, em Brest, também na França. Desde o início da viagem, os estudantes passaram pelo Mar Mediterrâneo, pelo Oceano Índico e pelo Atlântico Sul. Os dois navios franceses farão a viagem de volta para a Europa na quarta-feira.

Para o brasileiro João Celso, segundo-tenente da Marinha brasileira, a oportunidade de participar do curso rendeu bons frutos. A chance de trabalhar num navio da mais alta tecnologia mostrou ao jovem um outro lado das operações militares. Mas não foi fácil se adaptar. - Não falava nada de francês quando comecei o curso. Tive que aprender tudo na marra - contou.

Fonte: Yahoo