O governo equatoriano acaba de anunciar sua decisão de
conceder asilo político ao fundador do site Wikileaks, que revelou
documentos secretos da diplomacia mundial e está refugiado na embaixada
do Equador, em Londres. A decisão deve aumentar a tensão provocada pelo
caso entre o Equador e a Grã-Bretanha. Antes mesmo do anúncio, o governo
britânico já havia afirmado que não deixaria Julian Assange deixar o
prédio livre.
O policiamento foi reforçado em frente a embaixada do Equador
em Londres, onde Julian Assange está refugiado. Uma dezena de
manifestantes também faz prontidão diante da embaixada do Equador em
Londres, onde Assange está refugiado desde o dia 19 de junho, dias após a
decisão da justiça britânica de que ele poderia ser extraditado para a
Suécia, onde é acusado por duas mulheres de abuso sexual.
Alguns simpatizantes do ex-hacker austraniano chegaram a passar a
noite diante do local. Um grupo de apoio a Assange no Facebook afirma
que outros 600 manifestantes também vão se dirigir à embaixada
equatoriana. Eles ameaçam "ocupar" o prédio. Diante da mobilização dos
manifestantes, a polícia aumentou a segurança na área.
A presença de Assange na embaixada equatoriana se transformou em uma
batalha dipolomática. Ontem, a Gra-Bretanha ameaçou invadir o prédio se o
fundador de Wikileaks não fosse entregue às autoridades inglesas. A
chancelaria britânica está determinada a extraditar Assange e garantiu
esta manhã que não deixará o fundador do Wikilieaks sair do prédio
livre.
O fundador do site de denúncias teme que da Suécia ele seja
extraditado para os Estados Unidos, onde poderá ser julgado pelo
vazamento de informações da diplomacia americana, correndo o risco
inclusive de ser condenado à morte.
Fonte: RFI
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