O Ministro da Defesa da Romênia, Corneliu Dobritoiu, disse na
quarta-feira que o governo de seu país poderia comprar jatos de combate F-16 de Portugal,
pois as aeronaves estão em “muito boa” condição, de acordo com uma
equipe de especialistas que analisou a condição técnica dos caças
multimissão.
“Há nove especialistas romenos que foram para Portugal, que tem
expertise dos americanos. As conclusões da equipe foram além das
expectativas, ou seja, os jatos estão em condições muito boas, ótimas
condições técnicas e representaria uma “último chance” para a Romênia.
Caso contrário, ficaremos sem aviação de caça em nove anos, porque os
caças MiG, após 40 anos de missões, permanecerão sem voar. Estamos num
processo acelerado para a obtenção de todas as aprovações. Vamos
levantar a questão na primeira reunião do CSAT (Supremo Conselho de
Defesa da Romênia), passando os elementos da equipe de avaliação
encontrada no local. Nesta ocasião, nós também vamos fazer uma análise
do estado das forças, de modo a dar aos líderes estratégicos do país uma
imagem real do estado das forças militares da Romênia, militares que
tem experiência operacional superior nos teatros de operação, mas cujo
equipamento técnico está deficitário, a mesma coisa que os seus
orçamentos. Eu acho que esta é a última chance”, destacou Dobritoiu.
O ministro explicou que a alternativa de compra de caças F-16 da
Holanda não existe mais, uma vez que “os holandeses venderam os produtos
que tinham em excesso”.
“O impacto no orçamento não deverá ser algo grande, uma vez que os
pagamentos serão feitos anualmente e vai afetar a dívida pública numa
taxa de 0,03 por cento ou nenhuma porcento mais do que 0,04. Ele busca a
decisão dos líderes estratégicos do país de retomar a defesa aérea da
Romênia num nível desejado e para obter a credibilidade histórica que
teve. Caso contrário, a aviação militar vai se transformar em transporte
aéreo e alguém deve assumir tal tragédia para si mesmo”, acrescentou.
O programa da aeronave multimissão “é mais do que aceitável”,
sublinhou Dobritoiu, já que o montante final para a compra dos caças
pode ser negociado com o parceiro português.
“O custo total do programa de treinamento das aeronaves multimissão e
materias relacionados, é mais do que aceitável. Os aviões F-16 tem
capacidade de vôo por mais de 20 anos, se voarmos no mínimo 200 horas de
voo a cada ano. Nós não alcançamos tal número de horas nos MiG, devido
ao pequeno orçamento”, explicou o ministro.
Fonte: Actmedia – Via: Cavok
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