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Força Aérea dos Estados Unidos realiza hoje mais um teste de voo com o
jato hipersônico X-51A WaveRider, que sobrevoará o Oceânico Pacífico com
o objetivo de atingir uma velocidade de Mach 6 (seis vezes a velocidade
do som). A esta rapidez, que pode chegar a 7.200 km/h, a aeronave
poderia sair de Londres e chegar a Nova York em aproximadamente uma
hora.
Um bombardeiro B-52 vai lançar o jato não tribulado e sem asas da
base aérea de Edwards, na Califórnia, a uma altura de aproximadamente 15
km. Neste momento a aeronave será solta e, após uma queda livre de
cerca de quatro segundos, o motor vai ser acionado. Então o WaveRider
subirá mais uma vez à altura de 21 km, quando poderá chegar ao Mach 6.
Para se ter uma ideia da velocidade, o avião supersônico Concorde, de
1969, voava de Londres a Nova York em pouco mais de três horas e podia
alcançar no máximo 2.652 km/h.
O vôo de teste está previsto para durar cerca de cinco minutos. No
final, a aeronave vai se quebrar em pedaços e cair no Pacífico. Trata-se
de uma repetição da tentativa de junho do ano passado, quando o jato
viajou a Mach 5, mas falhou ao alcançar a velocidade desejada. Em agosto
de 2011, os cientistas militares norte-americanos tentaram lançar um
avião não tripulado que deveria chegar a Mach 20 (20 vezes a velocidade
do som). Os pesquisadores, porém, perderam contato com o veículo de
teste Falcon Hypersonic 2 (HTV-2) depois que este se separou do foquete
que o lançou.
O projeto, financiado pelo Pentágono e pela Nasa (mais de US$ 140
milhões investidos), faz parte dos planos para o desenvolvimento de
mísseis mais rápidos. O Pentágono poderá, então, a possibildiade de
atingir alvos ao redor do mundo em questão de minutos.
O teste, porém, não tem objetivos apenas militares. Servirá também
para fornecer informações para projetos em andamento para criar uma
aeronave supersônica. A pesquisa pode levar à construção de um avião
comercial, capaz de atingir velocidades maiores do que os jatos atuais.
A Companhia Européia de Defesa Aeronáutica e do Espaço (EADS)
acredita que os voos hipersônicos tripulados possam ser realidade em um
futuro próximo.
- Há interesse de ambos os lados do Atlântico para pular uma geração e
passar do voo supersônico ao voo hipersônico - disse Peter Robbie,
vice-presidente de desenvolvimento de negócios da EADS à BBC. - A ideia
de ir de Tóquio a Paris em duas horas e meia é muito atrativa para as
comunidades de negócio e políticas. Acho que por volta de 2050 já
existirá uma aeronave neste molde.
Fonte: Yahoo
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