
Ainda de
acordo com Vitaly Lopota, as novas exigências da Roskosmos implicaram na
revisão de custos do projeto. Ele acredita, porém, que os engenheiros e
técnicos da empresa saberão trabalhar com a agilidade e eficiência
necessárias à execução do projeto.
Fonte: Diário da Russia
Estima-se que a preparação e realização de uma expedição à Lua nos
próximos dez anos consuma cerca de US$ 17 bilhões (R$ 30,6 bilhões), enquanto o
orçamento anual da Roskosmos não ultrapassa 120 bilhões de rublos (R$ 7,2
bilhões).
O pouso na Lua, 50 anos depois da expedição americana, não interessa a
ninguém e dificilmente pode constituir uma justificativa suficiente para
demandar uma soma tão grande de dinheiro. O programa científico de
exploração do
satélite da Terra é, desde já, assegurado por expedições de veículos não
tripulados de vários países. A Rússia também tem projetos nesse segmento
de
estudos lunares, devendo lançar ainda nessa década as sondas Luna-Glob e
Luna-Resurs, cuja missão será trazer à Terra uma cápsula com
amostras do solo lunar “úmido” colhidas em uma das regiões polares.
A obtenção de amostras do solo lunar pode dar impulso a um
programa espacial mais ambicioso. A já provada existência de grandes massas de
gelo nas regiões polares da Lua facilita a tarefa de instalar ali uma base
permanente. A Lua, apesar de não possuir atmosfera, pode fornecer à base o oxigênio:
o teor de oxigênio fixo no solo lunar atinge 40%, o que permite diminuir o
custo do futuro programa lunar.
Um dos argumentos a favor de uma base lunar é a possibilidade de usá-la
como rampa de lançamento de viagens ao planeta Marte. O fato de a gravidade na
Lua ser menor do que na Terra facilita o lançamento de uma espaçonave pesada,
capaz de levar a Marte e trazer de volta uma expedição de seis a sete pessoas
mais os equipamentos. A existência de uma base permanente na Lua permitirá construir
“estaleiros espaciais” para a montagem de espaçonaves a partir de módulos trazidos
da Terra.
Outro aspecto importante é que o solo lunar possui grandes reservas de
isótopo de hélio-3, elemento muito raro na Terra.
A reação da fusão deutério-hélio é considerada como boa alternativa à
reação deutério-trítio, extensivamente utilizada nos processos termonucleares.
As principais perspectivas do uso de hélio-3 estão na energia termonuclear.
Fonte: Gazeta Russa
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