É fato que o setor de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) está
em
pleno crescimento
no Brasil. Também chamado de Drones e UAVs (do inglês Unmanned Aerial
Vehicles), estas aeronaves – de vários formatos e tamanhos – já são
realidade no país e suas aplicações vêm crescendo, conforme aumenta a
variedade de modelos e fabricantes. Por isso, a Força Aérea Brasileira e
a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
estão trabalhando na regulamentação do uso militar e civil dos drones.
Grupos técnicos dedicam-se à construção das normas para aplicação dos
vants ou drones. Um cronograma de ações foi definido até 2018. Em
2014, está prevista a publicação de um manual sobre o uso do
equipamento.
De acordo
com Aeronáutica e Anac, a segurança no uso desses equipamentos é a
principal preocupação do setor. Questões como segurança, privacidade, responsabilização por danos a
terceiros, faixas de frequências de comunicação a serem utilizadas devem
ser consideradas na efetiva regulamentação dos vants. É preciso ainda
ter cuidado com o mau uso do equipamento, que tem capacidade de
monitorar informações privadas e ainda oferece risco de colisões com
aviões tripulados e outros obstáculos aéreos e de queda em áreas
habitadas.
O uso dos drones têm se popularizado ao redor do mundo nos últimos anos por conta de
seu baixo custo e maior autonomia de voo. Suas aplicações vão desde o
controle e fiscalização do espaço aéreo e do território federal, ao
monitoramento ambiental, de transito, patrimonial, avaliação de
catástrofes, segurança publica, suporte aéreo para busca e salvamento e
vigilância marítima, aérea e terrestre.
Para a Força Aérea, que testa os drones desde 2009, as aeronaves
representam uma das três diretrizes estratégicas que vão marcar o avanço
das Forças Armadas no país, graças a sua importância no combate aéreo e
sua precisão no monitoramento e controle do território nacional.
Já existem inclusive regras iniciais sobre o uso militar dos vants,
segundo o coronel-aviador Paulo Ricardo Laux. Os drones militares são
comandados apenas por pilotos experientes e os
voos ocorrem somente em espaço aéreo segregado – aquele onde é proibida a
entrada de qualquer outra aeronave sem autorização – como forma de
garantir segurança.
Já para o uso civil, segundo o gerente técnico de Processos
Normativos da Superintendência de
Aeronavegabilidade da Anac, Roberto José Honorato, a agência vem
trabalhando este ano na elaboração dae uma proposta de ato normativo
para
a utilização dos drones em caráter não experimental.
Mercado brasileiro
No início de 2013, a revista MundoGEO realizou uma pesquisa inédita sobre os Veículos Aéreos Não Tripulados para mapeamento (http://mundogeo.com/blog/2013/02/15/pesquisa-2/). Os resultados mostraram, entre outras coisas, que a maioria dos pesquisados (62,4%) prefere adquirir e manter o próprio VANT, enquanto os outros preferem contratar o serviço a partir de empresas especializadas. Já sobre o tipo de equipamento utilizado, pouco mais da metade (51,3%) está pesquisando o uso de equipamentos de asa fixa, enquanto 17,4% usa VANTs de asa removível, 15,6% multi-rotor e 6,9% dirigível.
No início de 2013, a revista MundoGEO realizou uma pesquisa inédita sobre os Veículos Aéreos Não Tripulados para mapeamento (http://mundogeo.com/blog/2013/02/15/pesquisa-2/). Os resultados mostraram, entre outras coisas, que a maioria dos pesquisados (62,4%) prefere adquirir e manter o próprio VANT, enquanto os outros preferem contratar o serviço a partir de empresas especializadas. Já sobre o tipo de equipamento utilizado, pouco mais da metade (51,3%) está pesquisando o uso de equipamentos de asa fixa, enquanto 17,4% usa VANTs de asa removível, 15,6% multi-rotor e 6,9% dirigível.
Quanto ao tamanho, mais da metade dos profissionais que responderam a
pergunta (54,5%) usa VANTs de pequeno porte ou mini VANTs (de 2 a 7
quilos), 18,1% usa veículos de médio porte (aproximadamente 7 a 25
quilos), 15,7% os nano/micro VANTs (menos de 2 quilos)
e apenas 7,4% trabalha com grande porte (similar a pequenos aviões).
Este resultado já era esperado, já que os veículos maiores são mais
utilizados, com sucesso, para o setor de defesa.
No início de feveiro deste ano, a Força Aérea Brasileira recebeu dois
novos aviões não tripulados, fabricados em Israel, que serão usados
para monitorar as
fronteiras do país e para garantir a segurança de eventos, como a Copa
das Confederações e a Copa do Mundo. Veja o vídeo do Repórter Brasil a
respeito.
Há também dois drones em uso pela PF hoje, em um modelo com
autonomia de voo de 30 horas, podendo percorrer cerca de 3 mil
quilômetros e antecipar informações aos policiais em operação, segundo o
delegado da Polícia Federal, Wellington Soares Gonçalves. Segundo ele,
também na corporação a preocupação com a segurança dos
vants é prioridade – os pilotos da Polícia Federal que controlam as
aeronaves têm certificação de piloto comercial e a maior formação
possível dentro da aviação comercial.
O coordenador do Comitê de Vants da Associação Brasileira de
Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Antônio Castro,
defende que a regulamentação do uso dos drones como forma de as indústrias –
criadas com subsídio do governo para que o país dominasse a tecnologia
desses equipamentos – expandirem seus negócios para o mercado comercial.
Estudo recente do setor identificou que, com a
colaboração da aeronave não tripulada na agricultura, a produção de cana
aumentou em 20%.
De acordo com Castro, as indústrias não fazem questão que o
equipamento voe no mesmo espaço aéreo que as aeronaves de passageiros, o
que encareceria demais sua produção ao exigir sistemas mais complexos
de voo e monitoramento. A expectativa é de permissão para atuar em
faixas mais baixas, na agricultura, pecuária, mineração, entre outros
setores. A associação reúne 12 indústrias.
Fonte: IDGNOW
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