"Reiteramos nossa esperança de que o governo iraniano se comprometa realmente com a comunidade internacional para alcançar uma solução diplomática para o programa nuclear do Irã e cooperar totalmente com a investigação da OIEA (Organização Internacional de Energia Atômica)", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em um comunicado.
Nesta quinta, o presidente iraniano, Hassan Rohani, encarregou Mohamad Javad Zarif de representar o país nas negociações nucleares, que até agora eram lideradas pelo secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Said Jalili.
Os países ocidentais e Israel suspeitam que o Irã queira desenvolver a bomba atômica sob seu programa nuclear, o que Teerã nega categoricamente.
"O início do mandato de Rohani representa, para o Irã, uma oportunidade para atuar rapidamente para resolver as profundas preocupações da comunidade internacional sobre o programa nuclear do Irã", manifestou Psaki.
"Se esse novo governo escolher se comprometer real e seriamente com cumprir as normas internacionais e encontrar uma solução pacífica a esse assunto, terá nos Estados Unidos um sócio disponível", garantiu a porta-voz da diplomacia americana.
O Irã voltará a se reunir com a OIEA no dia 27 de setembro, em Viena, sede do organismo. O último encontro aconteceu em meados de maio, antes da chegada de Rohani, e terminou sem avanços.
Em relatório de 28 de agosto, a OIEA garantiu que o governo iraniano continuou instalando centrífugas mais modernas na unidade de Natanz, até alcançar as 1.008 de tipo IR-2m, o que aumenta sua capacidade de enriquecer urânio. Há três meses, tinha quase 700.
O organismo internacional exige que Teerã permita a visita à unidade militar de Parchin, perto da capital, onde suspeita-se que o governo tenha feito testes de explosão convencionais, aplicáveis ao setor nuclear.
Do UOL
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