Alçar satélites à órbita da Terra é um processo um tanto mais oneroso
do que uma cabeça leiga poderia considerar. De fato, trata-se de varas
centenas de milhões de dólares em um lançamento típico. Mas a DARPA
(Agência de Projetos Avançados de Pesquisa de Defesa, na sigla em
inglês) pretende tornar a tarefa drasticamente menos custosa. Como?
Utilizando um enorme drone, o XS-1, o qual deve deixar os atuais modelos
corados.
De acordo com a proposta, os processos atuais devem se tornar
completamente obsoletos — com seus vários meses de preparação e quantias
astronômicas despendidas por lançamento. “Nós queremos utilizar
tecnologias comprovadas para criar um sistema de transporte espacial
confiável, de baixo custo e que possa ser recuperado em apenas um dia”,
disse o responsável pelo drone em release oficial.
Por enquanto, só no papel
É claro que a maior parte do projeto ainda não saiu do papel. “Como
isso será configurado, como ele será lançado e como retornará, isso tudo
ainda está sobre a mesa — nós buscamos as soluções mais práticas e
criativas que seja possível.”
Dessa forma, a fim de coletar as melhores ideias, a DARPA organizará
um fórum aberto no dia 7 de outubro, ocasião em que diversos designers
devem apresentar projetos possíveis para a concretização do XS-1.
Entretanto, propostas devem atentar para os seguintes critérios:
“As metas técnicas principais do XS-1 incluem a capacidade de
voar dez vezes em dez dias, de atingir velocidade de Mach 10 ou superior
pelo menos uma vez e de lançar uma quantidade substancial de material
em órbita. O programa também busca reduzir os custos de acesso ao espaço
para cargas menores (entre 3 mil libras e 5 mil libras) em pelo menos
dez vezes, custando menos de US$ 5 milhões por voo.”
Um drone com dois motores
Não se pode dizer, entretanto, que a DARPA esteja apenas com um papel
em branco sobre a mesa. De fato, pelo menos um conceito inicial já foi
proposto, o qual seria formado por duas partes: um motor que aceleraria o
veículo até velocidades hipersônicas e faria a estrutura alcançar
alturas suborbitais; e um segundo que seria desconectado do drone, tendo
a incumbência de colocar, com precisão, a carga em órbita.
Em seguida, o primeiro estágio seria então
remetido de volta à Terra para ser reabastecido, recarregado e relançado
imediatamente. Naturalmente, todo o processo deveria ocorrer de forma
autônoma. De qualquer forma, mesmo um protótipo do XS-1 não deve se
concretizar antes de vários anos, ou mesmo décadas.
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