Obama, que acaba de regressar a Washington depois de
uma visita surpresa à base aérea norte-americana em Bagram, no
Afeganistão, vai anunciar os termos da retirada dos soldados americanos e
do fim daquela que se tornou a guerra mais longa em que os Estados
Unidos estiveram envolvidos.
O Presidente americano deverá
confirmar que a maior parte dos 32 mil soldados que ainda servem no
Afeganistão estarão de volta a casa no fim deste ano, no âmbito do
desmantelamento da Força Internacional de Assistência de Segurança
(ISAF, no acrónimo inglês), a missão internacional estabelecida pelas
Nações Unidas e suportada pela Nato no Afeganistão.Mas Obama também indicará que os Estados Unidos estão preparados para manter um contingente militar de 9800 soldados, para colaborar nas missões de anti-terrorismo e no treino das forças nacionais afegãs, no âmbito de um “acordo conjunto de segurança”.
Os termos da cooperação militar futura entre Washington e Cabul, só deverão ser acertados em definitivo depois da segunda volta das eleições presidenciais do Afeganistão, que opõem Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani, a 14 de Junho.
Durante meses, a Casa Branca tentou fechar o compromisso com o Presidente cessante, Hamid Karzai, que depois de inicialmente confirmar o seu interesse no acordo bilateral, acabou por rejeitar a sua assinatura.
Durante a sua visita a Bagram, Obama e os líderes militares no terreno acertaram a dimensão da cooperação militar com o Afeganistão depois do fim da missão de combate, em Dezembro de 2014. No ano seguinte, o Exército norte-americano manterá um contingente militar de 9800 soldados; que será reduzido para metade no final de 2015. Até ao fim de 2016, e coincidindo com o fim do mandato de Barack Obama, o número de militares americanos no Afeganistão continuará a cair até configurar o “tamanho normal” de uma representação militar a funcionar dentro de uma embaixada.
Do Publico
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