Sem muito alarde, foi noticiado que o ministro da Defesa,  Nelson Jobim, está interessado em salvar a Avibrás, empresa pioneira na  área bélica brasileira. O polêmico mas ativo ministro disse que faz-se  necessária reestruturação da Avibrás - o que se entende como salvamento.  A empresa desenvolveu o sistema de foguetes Astros, já vendido para a  Malásia, e agora o Exército nacional quer comprar o sistema Astros II,  com gasto de R$ 960 milhões para aquisição de um pacote. Essa ação  reforça a capacidade ofensiva do Exército e ajuda a evitar a quebra de  uma companhia brasileira que projeta, desenvolve e fabrica produtos de  defesa. Jobim explicou que a ação é necessária porque a empresa nacional  produz equipamentos de ponta para o mercado. 
- O processo de recuperação da  Avibrás está no Ministério da Fazenda e a decisão vai ser tomada em  pouco tempo. Vamos dar continuidade a esse acervo tecnológico que não  pode ser perdido - disse o ministro, que, em seguida, acrescentou: - O  Brasil só pode estar ao lado dos grandes países se tiver instrumentos de  defesa também grandiosos. Serei advogado desta causa.
A Avibrás Indústria Aerospacial, com  sede em São José dos Campos (SP), é uma companhia brasileira que  projeta, desenvolve e fabrica produtos e serviços de defesa. Sua escala  de produtos abrange artilharia e sistemas de defesa aéreos, foguetes e  mísseis. A empresa também fabrica veículos armados e atua na área do  transporte civil. Com uma divisão chamada Tectran, fabrica equipamentos  de telecomunicação, equipamento industrial eletrônico (Powertronics).  Devido à falta de encomendas, a empresa foi levada a demitir, no início  do ano, 200 de seus 1.100 empregados. 
    
Segundo informações de bastidores da área de defesa, o governo tem dois  nomes para assumir a Avibrás. O mais forte candidato é a Odebrecht e, em  segundo lugar, aparece a Embraer. A Odebrecht partiu na frente nessa  empreitada, pois tem prestígio de sobra. Na construção de um estaleiro e  cinco submarinos para a Marinha, após a tarefa ser entregue aos  franceses da DCNS, os gauleses resolveram escolher, sem concorrência, a  Odebrecht para executar a bilionária obra. O governo alega que a decisão  emanou puramente de Paris, com base no prestígio internacional da  Odebrecht - que é realmente elevado. Mas há quem garanta que Brasília  sugeriu que os franceses optassem pela fulgorosa empresa de origem  baiana.Fonte: Monitor Mercantil   
 
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