Um oficial desertor de uma brigada do exército sírio especializada em mísseis terrestres na província de Damasco afirmou nesta quinta-feira à AFP que a unidade à qual pertencia disparou vários mísseis Scud contra regiões controladas pelos rebeldes, mas a televisão estatal desmentiu estes disparos.
O tenente Araba Idriss explicou que continua em contato, desde que desertou há dez meses, com oficiais e militares do batalhão 578 da brigada 155. Eles afirmaram ter disparado cinco mísseis Scud na segunda-feira da base de Nassiriya, na rota entre Damasco e Homs (centro).
O canal de informação oficial Al Ijbariya informou pouco depois que "o ministro das Relações Exteriores desmente categoricamente os rumores de que o exército sírio disparou mísseis Scud". Outro militar, que desertou desta brigada depois dos disparos, confirmou a informação, mas preferiu manter-se no anonimato por temor de represálias contra sua família.
O tenente precisou que os mísseis disparados eram de fabricação russa ou versões modificadas pelos sírios, de um alcance de mais ou menos 300 km e que são chamados de "Golan-I". Segundo ele, o impacto foi na província de Aleppo ou de Idlib, ambas no noroeste do país.

Fonte: Terra



O regime sírio disparou recentemente mísseis Scud contra os rebeldes sírios, indicou nesta sexta-feira o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, que classificou esta ação de "ato de desespero".

"Posso confirmar que detectamos o lançamento de mísseis de tipo Scud. Lamentamos profundamente este ato. Eu o considero um ato de desespero de um regime a ponto de entrar em colapso", disse Rasmussen. Uma fonte próxima à Otan indicou que os últimos lançamentos foram detectados na quinta-feira.
A utilização deste tipo de mísseis por parte do regime de Bashar al-Assad reflete a "necessidade de proteger e defender de forma eficaz a Turquia", disse.
A pedido de Ancara, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) autorizou no início de dezembro a mobilização na Turquia de mísseis terra-ar Patriot capazes de interceptar os mísseis terra-terra que o exército do presidente sírio possui.
O mandato inicial aprovado pela Otan prevê uma mobilização destes mísseis pelo período de um ano, até janeiro de 2014, mas se a situação em terra exigir este período pode ser estendido.

Fonte: Exame