Um caça venezuelano com duas pessoas a bordo caiu perto da fronteira com a Colômbia na noite de quinta-feira (17), após uma "aeronave ilícita", supostamente colombiana, ser localizada violando o espaço aéreo, informou o governo da Venezuela.
Não ficou imediatamente claro se os dois pilotos a bordo da aeronave Sukhoi-30 morreram. A causa do acidente não foi determinada.
A queda acontece em meio a uma crescente tensão entre os vizinhos sul-americanos, após a Venezuela fechar grandes travessias fronteiriças nas semanas recentes, no que disse ser uma repressão ao crime.
"Nossa Força Aérea irá continuar voando implacavelmente... para garantir nossa soberania e independência, combatendo os flagelos do narcotráfico, paramilitarismo e outros crimes cometidos na fronteira entre Colômbia e Venezuela", disse o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, em nota.
Ele acrescentou que a zona na qual a aeronave entrou ilegalmente na Venezuela era conhecia por ser usada por "máfias ligadas ao narcotráfico".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fechou cruzamentos fronteiriços e deportou mais de 1.500 colombianos no mês passado. Ele culpa o tráfico pela escassez crônica venezuelana de bens básicos.
Do G1

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir López, informou nesta sexta-feira que um avião Sukhoi-30 da Aviação Militar Bolivariana caiu na região "noroeste" fronteiriça com a Colômbia, sem que até o momento haja informação sobre o estado de saúde dos pilotos.
"A Força Armada Nacional Bolivariana informa que no dia 17 de setembro de 2015, um avião tipo Sukhoi-30 de nossa gloriosa aviação militar bolivariana (...) caiu sem que até o momento se conheça a situação dos pilotos", disse López em comunicado.
No comunicado, o ministro indica que a aeronave era pilotada pelos capitães Ronald Ramírez e Jackson García, que ontem à noite "custodiavam" o espaço aéreo da Venezuela e que se mobilizaram à zona limítrofe com a Colômbia após detectar "uma aeronave ilícita que entrou pela Região Noroeste do país".
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O comunicado, assinado por López, indica que a zona onde o avião caiu é o lugar "onde as máfias ligadas ao narcotráfico" pretendem usar o território venezuelano "como plataforma de distribuição de drogas produzidas no vizinho país, para a América Central e o Caribe".
O ministro indicou que, em vista destes fatos, "foi ordenada a imediata ativação da Junta Investigadora de Acidentes Aéreos com o objetivo de determinar as possíveis causas que originaram o acidente e tomar as medidas necessárias para a localização dos pilotos".
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, escreveu em sua conta no Twitter. "Todo o Apoio e Solidariedade da Pátria à Aviação Militar Bolivariana, levantemos a Moral e sigamos o Combate".
O acidente ocorre no marco de uma série de medidas que o governo de Maduro tomou em grande parte da zona fronteiriça com a Colômbia onde ordenou o fechamento de um importante setor da área limítrofe e estado de exceção.
Para tentar buscar uma solução à problemática fronteiriça Maduro e seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, se reunirão em Quito na próxima segunda-feira.

Da Exame

Um avião militar venezuelano se acidentou na noite de quinta-feira durante uma operação para interceptar uma "aeronave ilícita" na fronteira com a Colômbia, sem que até o momento seja conhecido o destino dos dois pilotos, informou o governo.

Segundo o ministério da Defesa, a fonte, dois capitães da Força Armada Nacional Bolivariana se achavam em uma operação de custódia do espaço aéreo depois de detectar uma "aeronave ilícita entrando em uma área que o governo que máfias ligadas ao narcotráfico usam o território venezuelano como plataforma de distribuição de drogas produzidas na Colômbia.

O ministério anunciou a abertura de uma investigação para determinar as causas do acidente e localizar os pilotos. A Venezuela aumentou sua presença militar na fronteira com a Colômbia desde que, em 19 de agosto, quando Maduro ordenou o fechamento de amplos trechos da zona limítrofe de 2.219 km.

Maduro tomou essa decisão depois de um ataque em que morreram três militares venezuelanos na cidade fronteiriça de Santo Antonio del Táchira (oeste), atos atribuídos a paramilitares colombianos ligados a máfias de contrabando. Essas medidas incluíram a deportação de 1,5 mil colombianos e a saída de outros 20 mil por temor de serem expulsos, desatando uma crise diplomática entre os dois países.