Símio atravessa o rio para colher frutos do outro lado; o registro está em livro de fotos que registra o cotidiano dos orangotangos nas florestas equatoriais nas ilhas de Bornéu, Indonésia; até recentemente, especialistas acreditavam que estes animais não eram capazes de nadar.



Um dos orangotangos pesca com uma vara em rio de Bornéu, na Indonésia; a imagem faz parte de livro sobre esta espécie de braços longos, que compartilha 97% do seu DNA com os humanos e é tida como a segunda mais inteligente depois do homem.

Fonte: Bol

Um livro de fotografias a ser publicado no início de maio mostra imagens que surpreenderam a comunidade científica: nelas, orangotangos que habitam florestas equatoriais em Bornéu, na Indonésia, são vistos nadando e pescando. Até recentemente, especialistas acreditavam que estes símios de braços longos, que compartilham 97% do seu DNA com os humanos, não eram capazes de nadar. Mas a equipe de naturalistas e um fotógrafo por trás do lançamento capturou imagens dos orangotangos atravessando um rio a nado para colher frutos em uma reserva na ilha de Kaja, na parte sul de Bornéu, que pertence à Indonésia (o resto da ilha de Bornéu é dividido pela Malásia e ao sultanato de Brunei). Os animais também são vistos caçando peixes com varetas antes de comê-los. Segundo os autores do livro, estas e outras imagens demonstram que a espécie, tida como a segunda mais inteligente depois do homem, é capaz de criar e aprender. O livro Thinkers of the Jungle - the Orangutan Report, de Gerd Schuster, Willie Smits e Jay Ullal, chega às lojas no dia 5 de maio. Ele também documenta a destruição do habitat natural do orangotango para o cultivo do solo. O holandês Willie Smits é um dos fundadores da Borneo Orangutan Survival Association, entidade que faz campanha pela proteção da espécie. Especialistas calculam que a partir de 2010 não haverá mais orangotangos - habitantes das florestas de Bornéo e Sumatra - vivendo livres na natureza.