A situação na antiga república soviética da Geórgia, que se tem vindo a agravar nas últimas semanas, parece estár prestes a conhecer mais um desenvolvimento. Segundo as agências russas de informação, a Rússia enviou para a Abkázia um novo contingente de tropas com objectivos apenas objectivos humanitários.
Esta movimentação vem no seguimento de outra, que ocorreu na passada semana, em que a força aérea russa enviou um caça-bombardeiro MiG-29 para abater um drone (avião não tripulado) georgiano que sobrevoava território da própria Geórgia.
A aeronave russa descolou, entrou no espaço aéreo da Geórgia, abateu a aeronave e voltou para a sua base sem mais problemas. A acção foi considerado um aviso ao governo da Geórgia, de que a Rússia não deixaria de agir de forma violenta contra, no caso de o exército georgiano enviar forças para a região separatista da Abkazia.
Neste Sábado, a imprensa e a televisão russas afirmaram que tropas da Geórgia preparam uma força de 3.000 homens para tomar de assalto pontos estratégicos na área costeira da Abkázia.
O governo da Geórgia negou que estivesse em preparação qualquer operação, e negou que houvesse diplomatas ocidentais que se estão a preparar para abandonar o país, acusando a Rússia de estar a criar artificialmente tensões, para justificar acções militares a favor dos separatistas pró russos da Abkázia.
O governo russo tem demonstrado grande incomodo com as posições pró ocidentais tomadas pelo governo da Geórgia e pelo governo da Ucrânia, nomeadamente o pedido por parte dos dois países para adesão à Aliança Atlântica. A adesão daqueles dois países foi apoiada pelos Estados Unidos, mas recusada por alguns dos países europeus, principalmente pela Alemanha.
Para apoiar o separatismo da Abkázia, a Rússia tem utilizado como argumento, o reconhecimento do Kosovo, região autónoma especial da Sérvia que declarou unilateralmente a independência da Sérvia em 17 de Fevereiro de 2008.
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