Fonte: Diario do Nordeste - Via Blog do Egídio Serpa

Na surdina, como recomenda o bom senso político e sugere o trabalho profissional, os presidentes do Conselho e da Agência de Desenvolvimento do Ceará, Ivan Bezerra e Antonio Balhmann, respectivamente, desenvolvem contatos com investidores internacionais com o objetivo de viabilizar não apenas a futura Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que será instalada na área de influência do Porto do Pecém, mas, principalmente, a construção do Aeroporto de Cargas (Cargo Airport) na mesma região. Bezerra e Balhmann entendem que será esse aeroporto o ´plus´ que diferenciará o Complexo Portuário e Industrial de Pecém do seu congênere pernambucano de Suape. Entre outras coisas, o Aeroporto de Carga do Pecém — localizado a poucas horas de vôo dos Estados Unidos e da Europa — garantirá, em 24 horas, todo o processo de colheita, embalagem, conteinerização frigorificada, embarque, desembarque e distribuição das frutas cearenses nos portos de destino dos EUA e Europa. A ZPE do Ceará (o projeto que regulamenta a Lei, recentemente sancionada pelo presidente Lula, foi aprovado na Câmara e está no Senado, onde Governo e oposição já acertaram a sua aprovação) é a primeira da fila para implementação. Empresas asiáticas e européias só aguardam a sanção da Lei para vir para cá. Ivan Bezerra e Antonio Balhmann já dividem a história do Ceará em antes e depois da ZPE. (Da minha coluna no Caderno Negócios do Diário do Nordeste)

Nota: Temos que acabar com essa fixação de querer comparar Suape e Pecém. São situações e estruturas completamente diferentes, com vocações bastantes distintas. O problema de logística é bem mais complexo do que a simples oferta de equipamentos voltados para terminais de exportação. Agora com a nova idéia do “Cargo Airport” me fez lembrar a “pista de pouso” que o nosso meteórico Presidente Paes de Andrade construiu na Chapada do Apodí. Vamos embarcar o que nesse complexo aeroportuário? Seremos competitivos? Qual o meio de transporte que será utilizado para levar as cargas para o local de embarque. Gostaria de ver a viabilidade desses estudos que mais parecem sonhos. Precisamos engrandecer e acelerar o desenvolvimento do Ceará por caminhos mais concretos principalmente agora que acabamos de perder uma refinaria para o Maranhão. Que as autoridades não tomem essa opinião como um ato de contestação e sim como um simples pensamento de um cidadão “que morre e mata” pelo Ceará.

Ceará inicia estudos técnicos para novo aeroporto de cargas

Fonte: Mercosol

Produção de frutas e flores cearense exige canal de escoamento rápido para o mercado externo

O novo aeroporto servirá tanto para a exportação de frutas e flores, como para o transporte de turistas


Maior exportador de flores do País e com grande potencial para a fruticultura, mas sem um canal de escoamento rápido da produção para o mercado externo, o Ceará começa a por no papel os primeiros estudos para construção de um novo aeroporto para cargas e turismo, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Ontem, um grupo de investidores nacionais e estrangeiros visitou a área, com o objetivo de analisar as condições técnicas e estruturais, para instalação de um novo modal de transporte de carga no complexo do Pecém.

´O Ceará tem um grande potencial para produção de frutas e flores, mas para viabilizar o incremento da produção e ampliar a área plantada e expandir o agronegócio, precisa de um aeroporto de cargas´, explicou o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antônio Balhman, ao chegar da visita ao complexo do Pecém. Segundo ele, há espécies de frutas, como o mamão, e as flores, que exigem transporte rápido e uma logística eficiente e ágil, para que cheguem aos destinos frescos e com qualidade.

´Flores e frutas exigem um modal aéreo´, exclama Balhmann, ao confirmar que a expansão do agronegócio no Ceará, passa necessariamente, por melhorias no setor de transporte aeroportuário. De acordo com ele, os estudos ainda estão apenas em fase inicial, mas a construção de um aeroporto de cargas no Pecém é uma meta certa, a ser perseguida pelo governo do Estado. De forma preliminar, ele avalia que o empreendimento absorverá cerca de R$ 100 milhões, recursos que o Estado espera dividir com a iniciativa privada, com investidores nacionais e internacionais. ´Não temos um prazo ainda definido, mas esta é uma ação que será fortemente perseguida pelo Estado´, asseverou.

Para ele, o transporte áereo é o que falta no Pecém, já que a área estaria contemplada pelos modais rodoviário, marítimo e, em breve, ferroviário, quando estiver concluída a ferrovia Transnordestina.

Ele argumenta ainda que o aeroporto será útil para a Zona de Processamento de Exportações - ZPE.

OPERAÇÃO
Expectativa do governo é de ZPE em 2009 no Estado

Com a aprovação das Zona de Processamento das Exportações -ZPEs, na Câmara dos Deputados na última terça-feira, o presidente da Adece, Antônio Balhmann, aponta para 2009, o início da operacionalização da ZPE do Ceará, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Ele aposta que até o fim deste ano, o Senado também já tenha aprovado a instalação das ZPEs, no Brasil.

Sem revelar as empresas estrangeiras interessadas em se instalarem na ZPE do Pecém, Balhmann garantiu que ´já está em campo´, garimpando empreendimentos na áreas de energia eólica e solar, para fabricação de aerogeradores, de células fotovoltáicas, sensores, dentre outros componentes de alta tecnologia, para instalação na zona de exportação.

´Estamos analisando também, a possibilidade da Siderúrgica de Pecém ser instalada dentro da ZPE´, comentou o titular da Adece, que na tarde de ontem esteve em visita à área do Pecém.

Fonte: Diário do Nordeste



Adece reconhece necessidade de aeroporto para cargas no Pecém

Fonte: Interlog.net

O setor exportador do Estado deve ganhar um aeroporto de cargas.

O projeto ainda não tem data, mas já é analisado pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece)

Transporte aéreo de cargas é demanda do setor de floricultura

Um aeroporto de cargas no Complexo Portuário do Pecém começa a ser cogitado pelo Governo do Estado. O presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, afirmou que a possibilidade ainda está distante, tendo em vista que os recursos hoje estão concentrados em melhorar a infra-estrutura do Porto do Pecém. No entanto, a necessidade de um aeroporto de cargas já é sentida pelo órgão. Para Balhmann, após cuidar do modal terrestre e estar trabalhando o marítimo, chega a hora de voltar a atenção para o modal aéreo.

O transporte aéreo de cargas é uma demanda de alguns empresários cearenses, principalmente, os da floricultura. Balhmann acredita que além das flores, uma variedade de frutas também deve ser beneficiada com o aeroporto. O presidente da agência, no entanto, afirma que a fruticultura é um setor que deve ser bem trabalhado neste ano. Segundo ele, deve ser trabalhada a diversificação dos produtos exportados e também agregar valor aos exportados, além de aumentar a área plantada. "O agronegócio tem uma qualidade estratégica muito importante que é ter emprego no local onde a pessoa mora", justifica.

Defendendo que este será o ano de amadurecimento de importantes projetos de infra-estrutura para o Estado, Balhmann chamou atenção para a produção de energia renovável. De acordo com o presidente, em breve deve ser anunciada alguma novidade no setor de energia solar. Além dos parques eólicos - alguns previstos para iniciar operação neste ano -, o Ceará conta com estudos na energia das marés. Atualmente, um grupo da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolve um programa piloto com energia das marés na praia do Pecém.

Gás natural

Para Balhmann, essas fontes somadas à planta de regaseificação de gás natural que está sendo feita também no Complexo pela Petrobras e às termelétricas que também devem operar neste ano farão o Ceará "revolucionar sua matriz energética" e tornar-se um exportador de energia. "O Ceará nunca foi gerador de energia. Com o investimento previsto e a matriz energética, está revolucionado o Estado em volume e fonte de energia", defende.

EMAIS

PSICULTURA. A psicultura intensiva é um dos projetos que deve ser incentivado pelo Governo do Estado este ano. Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, estão sendo procurados empresários que queiram custear a atividade. A idéia é mapear áreas e famílias para trabalhar com a pesca.

ZPEs. Para as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), Balhmann afirma que indústrias de bens de capital devem começar a se instalar no Estado. Além disso, há perspectivas da chegada de indústrias do setor de fármacos e alimentos.

ITATAIA. A expectativa da Adece é que a mina de Itataia, em Santa Quitéria, comece a ser explorada ainda este semestre. Para Balhmann, o atual cenário é ideal para se iniciar a atividade, uma vez que o urânio será utilizado para abastecer Angra 3.

Por O Povo/CE/Camille Soares