Fonte: Estadão

BOGOTÁ - O presidente colombiano, Alvaro Uribe, aprovou no sábado um pedido do colega venezuelano, Hugo Chávez, para que os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia libertem seus reféns em um passo rumo às negociações de paz para acabar com a mais antiga insurgência da América Latina. As relações entre Venezuela e Colômbia estão tensas desde março, quando tropas colombianas mataram um importante líder das Farc em um acampamento dentro do Equador. A Colômbia diz que laptops encontrados ali mostram o apoio de Chávez aos rebeldes, uma acusação que ele rejeita. O venezuelano, que anteriormente pediu mais reconhecimento à guerrilha marxista, pediu na semana passada que as Farc libertem os reféns incondicionalmente, em uma aparente mudança do seu apoio político aos rebeldes. "Eu quero reiterar nossos agradecimentos ao presidente Hugo Chávez por seus comentários recentes que podem ajudar a Colômbia a conquistar a paz definitiva. Eu acredito que eles foram comentários positivos", disse ele em um encontro com partidários. Uribe disse que se encontraria em breve com Chávez, em meio aos trabalhos dos dois governos para reconstruir os laços. Aliado de Washington, Uribe e o esquerdista Chávez são oponentes no espectro político, mas os seus países 6 bilhões de dólares em comércio anual. Uma fonte no governo colombiano disse que a reunião provavelmente aconteceria na Venezuela antes de 15 de julho, apesar de os detalhes ainda estarem sendo discutidos. (Reportagem de Luis Jaime Acosta)


Colômbia prevê que Farc terá menos de três mil homens até 2009

Fonte: www.inforel. org

O governo colombiano acredita que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), terão menos de três mil guerrilheiros até 2009 se a taxa de desmobilizações for mantida no atual ritmo.

De acordo com o Alto Conselheiro para a Reintegração, Frank Pearl, somente neste ano, 1.506 combatentes se desmobilizaram e até o final do ano, esse número deverá subir para três mil.

Pearl afirmou que se a tendência for mantida em 2009, as Farc devem encerrar o ano com menos de três mil homens em armas. Atualmente, a guerrilha teria cerca de oito a nove mil guerrilheiros.

Ele enfatizou ainda que as desmobilizações resultam das ações de pressão exercidas pela força pública em todas as regiões do país e que obriga às Farc, manterem seus combatentes sob duras condições, sem abastecimento e sem logística.

Além disso, o governo da Colômbia aposta que os guerrilheiros estão se dando conta de que estão perdendo seus melhores anos de vida e que a guerra não vale a pena.

Frank Pearl assegurou que o programa de reintegração que dirige está pronto para receber a todos os membros das Farc e de outras organizações armadas que decidam se desmobilizar e reintegrarem- se à sociedade.