Este acontecimento teve inicio em: 20-05-1941 e terminou em 20-05-1941
Vencedor: Alemanha / III Reich
A Grécia tinha entrado na guerra em Outubro de 1940 após um ataque italiano que não tinha sido aprovado pelos alemães. O ataque italiano revelou-se um total fracasso, tendo os gregos contra-atacado as forças italianas obrigando-as a retirar.
O apoio britânico aos gregos, que começaram a desembarcar na Grécia em 7 de Março de 1941 levou a que a Alemanha preparasse a invasão daquele país, garantindo a neutralidade turca para a passagem de forças alemãs pelo território da Bulgária. A acção alemã contra a Grécia ocorreu na sequência da invasão da Jugoslávia e decorreu durante a primeira metade do mês de Abril e os tanques alemães entram em Atenas a 28 de Abril.
A rapidez dos ataque alemão e principalmente os seus inesperados movimentos, desarticularam a defesa grega, levando a que os britânicos decidissem evacuar as suas tropas para a ilha grega de Creta.
Os ataques alemães forçaram os britânicos a retirar de Creta os seus aviões, tendo os últimos sido retirados no dia 19 de Maio.
Às 05:30 e às 07:15 da manhã de 20 de Maio, os alemães bombardeiam os aeródromos de Maleme e Heraklion e efectuam um lançamento de forças pára-quedistas. À tarde, é lançada uma segunda vaga de forças pára-quedistas alemãs sobre a ilha.
No entanto, ao fim do dia os britânicos continuam a controlar os aeródromos de Maleme, Retimo e Heraklion, o que impede a Luftwaffe de os utilizar para transportar tropas por meios convencionais.
Durante a noite, os pára-quedistas alemães conseguem finalmente desalojar os defensores britânicos do aeródromo de Maleme.
No dia seguinte, 21 de Maio, a Luftwaffe ataca navios de guerra britânicos nas águas de Creta, afundando um contratorpedeiro e avariando um cruzador.
A 22 de Maio, e embora sendo permanentemente atacada pela Luftwaffe, a Royal Navy continua a estabelecer um cordão de segurança que impede o transporte de forças alemãs por mar.
A 23 de Maio, aterram em Maleme os primeiros aviões alemães com reforços e tropas frescas para continuar o ataque e ocupação da ilha de Creta.
Em 24 de Maio, os aerodromos de Heraklion e Retimo são atacados por tropas paraquedistas e por terra pelas forças que já combatem na ilha.
A 25 de Maio, o rei da Grécia, que se encontrava em Creta, é evacuado para o Egipto.
A 26 de Maio o comandante britânico de Creta informa o seu comando que a ilha não pode ser defendida e que não resta outra hipótese que não seja a evacuação.
A 29 de Maio, os britânicos apenas defendem o aeródromo de Heraklion e a planície contígua, com o objectivo de garantir a evacuação das suas forças.
A 30 de Maio os alemães tomam Heraklion.
A operação fica concluída em 2 de Junho, com a evacuação final em que são perdidos três contratorpedeiros britânicos.
A 31 de Maio são evacuados os últimos soldados aliados. As perdas britânica, australianas e neo-zelandesas atingem mais de 16.000 homens, enquanto que os alemães sofreram mais de 6.000 baixas, 60% das quais mortos.
A queda de Creta, foi o culminar do fracasso da operação britânica de ajuda à Grécia. Desviou importantes recursos britânicos que se tivessem ficado no norte de África, poderiam ter ajudado a derrotar o Afrika Korps de Romel, que assim ganhou força e tomou a iniciativa, que só viria a perder dois anos mais tarde
Creta, 1941: uma batalha entre o insólito e o absurdo
Antony Beevor resgata página épica e pouco lembrada da Segunda Guerra
Marcelo Ambrosio do JB
Poucas passagens da Segunda Guerra Mundial mereciam mais atenção do que o desembarque aerotransportado de tropas alemãs na ilha de Creta, na Grécia, em maio de 1941. Por ter sido um episódio prensado entre outros de maior impacto (como o início da Operação Barbarossa, a invasão da Rússia), a batalha entre a elite da tropa da Luftwaffe (a força aérea comandada por Herman Goering) e uma força mal-ajambrada de britânicos, australianos, neozelandeses e gregos é um momento ímpar na história do maior conflito já experimentado pela humanidade. Empata em ineditismo com o desembarque na Normandia.
A descrição pormenorizada une personagens insólitos como o militar que viera da Índia e desfilava com calças de montaria embora não tivesse cavalos. Ou o mais curioso, o oficial britânico John Pendlebury, arqueólogo e líder de um grupo de guerrilheiros, cujo olho de vidro, dizia, o ajudava a fazer a mira do revólver – um Indiana Jones de carne e osso. Muito conhecido em Creta, onde fez pesquisas, deixava o mesmo olho de vidro sobre a mesa de casa quando saía em missão de espionagem (era uma espécie de código). Ou o excêntrico grupo de sabotagem Missão Iaque, do capitão Peter Fleming, irmão do criador das histórias do agente James Bond (este um colega de Peter, também baseado na ilha). O nome vinha de um livro de aventuras do oficial, que se imaginava nelas na vida real.
As situações absurdas ficam por conta de como as operações bélicas na batalha se desenrolaram. Falhas de percepção trouxeram baixas a ambos os lados. No caso dos alemães, as de pára-quedistas do Reich sendo abatidos às centenas antes de tocarem o solo, iludidos por informes muito mal preparados. Só no primeiro dia de combates, os nazistas perderam 1.258 combatentes. Entre outros equívocos, a inteligência do Reich fez crer que a população local receberia os invasores de braços abertos, irritada com a presença dos aliados postos para correr do continente. Aconteceu justamente o oposto: tenazes e decididos, os cretenses, inclusive muitos padres, lutaram ferozmente até com pás e facões. Não à toa, um dos líderes dessa resistência atendia pelo alcunha de Satanás.
Já pelo lado dos aliados, o erro dos comandantes foi de interpretação. Em inferioridade numérica e de equipamento gritante, as tropas comandadas pelo general neozelandês Bernard Freyberg tinham uma vantagem crucial e não souberam aproveitá-la. A interceptação das comunicações entre as divisões alemãs que participariam do desembarque era total. Freyberg conseguiu saber quando seria o ataque antecipadamente e que os principais alvos de toda a operação Mercúrio eram os campos de pouso de Maleme e Heráclion, palco posterior das maiores batalhas da invasão. Mas cismou que tais manobras seriam apenas o prenúncio de uma invasão maior, por mar, vinda do continente grego. Mesmo com todos os informes indicando o contrário, mobilizou recursos preciosos para defender áreas sem importância tática. Quando o erro foi percebido, era tarde demais. E a derrota se consumou.
Anthony Beevor é um mestre para recontar mais uma saga, como já tinha relatado o cerco a Stalingrado e a Guerra Civil na Espanha. Usa linguagem objetiva, sem os jargões e floreios comuns na literatura militar. Explica o desenrolar dos combates com a ajuda de mapas produzidos na época da invasão. O capítulo do desembarque dos pára-quedistas alemães é eletrizante, com fragmentos de uma batalha encarniçada, resgatados de depoimentos dos sobreviventes, costurados com precisão e distanciamento crítico de historiador. Tanto é assim que a evacuação dos soldados aliados antes da rendição – 5 mil foram deixados para trás – incluiu, segundo ele, um número muito maior de oficiais. Na hora do salve-se quem puder, a patente falou mais alto. Não há discussões sobre o bem ou o mal. São só homens lutando desesperadamente.
No fundo, a batalha de Creta é uma ode à ironia. Os alemães chegaram a pensar em abortar a invasão após o massacre do primeiro dia. Mas um único batalhão, que resistiu e coordenou a luta, virou o jogo contra os britânicos. E tempo era tudo que os aliados, ali, não tinham. Desde o início faltavam armas adequadas, munição, treinamento, comunicação e água. Como nas outras ilhas gregas, o bem mais valioso e escasso. Os pára-quedistas responsáveis pelo triunfo da Luftwaffe só conseguiram se agüentar por terem se entrincheirado em um fortim no qual havia uma fonte. E que os britânicos tinham esquecido de guardar.
Perfil da Unidade
Fonte: Tropas de Elite
Luftwaffe Fallschirmjäger
História - Armas e Equipamentos - Operações
O termo Fallschirmjäger vem do alemão, Fallschirm - “pára-quedas” e de Jäger, um termo para infantaria leve; literalmente “caçador; ranger” traduzido livremente como pára-quedista-caçador). Os Fallschirmjäger tratados nesta página serão aqueles do período da Segunda Guerra Mundial, que lutaram pela Alemanha nazista. Durante toda a guerra os Fallschirmjäger da Luftwaffe tiveram em Kurt Student o seu comandante.
História
Em meados da década de 1930, a Força Aérea e o Exército alemães começaram a formar seu grupo de assalto de pára-quedistas. A idéia de jogar um soldado em batalha atrás das linhas inimigas não era nova. Era, entretanto, a Wehrmacht que levaria esta idéia a um novo nível. No dia 11 de maio de 1936, o Major Bruno Oswald Brauer fez o primeiro salto de pára-quedas da asa de uma aeronave esportiva Klemm KL25 e se tornou o primeiro Fallschirmjäger alemão a ser dado um Fallschirmschutzenschein (Licença de Pára-quedismo). No dia 5 de novembro de 1936, o Fallschirmjäger seria premiado com o Fallschirmschutzenabzeichen (insígnia de pára-quedista que caracteriza uma águia de ouro que agarra as letras FJ).
No dia 1° de outubro de 1938, a guarda pessoal de Hermann Goering foi transferida para a Luftwaffe, sob o nome de Regimento General Goering. Voluntários desse grupo partiram então para Altengrabow, onde se formava o primeiro regimento de pára-quedistas armados com fuzis. Na primavera de 1936, o Exército alemão iniciou treinos com a nova unidade de pára-quedistas, Dois anos depois, usou-a na ocupação dos Sudetos. Em 1° de janeiro de 1939 ela foi transferida para a Luftwaffe. Em julho de 1939, o general Kurt Student passou a comandar na Força Aérea a recém-formada 7ª Divisão Aerotransportada, que não ficou pronta a tempo de participar dos combates iniciais da guerra da Segunda Guerra Mundial. Em abril de 1940, seus pára-quedistas lutaram na Noruega, em especial no socorro a Narvik. O assalto à fortaleza belga de Eben Emael e a captura das pontes no canal Albert em maio suplantaram as façanhas na Noruega e abriram caminho para outros triunfos alemães na Europa, no Mediterrâneo é no norte da África.
As unidades Fallschirmjäger realizaram a primeira invasão aerotransportada da história quando invadiram Creta em 22 maio de 1941. Mais tarde na guerra, a 7ª Divisão foi reorganizada e a usaram como núcleo para a formação de uma série de novas divisões de infantaria de elite da Luftwaffe do elite, numerada em uma série que começou com a 1ª Divisão Fallschirmjäger.
Estas formações foram organizadas e equipadas como divisões de infantaria motorizada. Suas unidades foram encontradas freqüentemente no campo de batalha como os grupos de batalha ad hoc (Kampfgruppen) destacados de uma divisão ou organizados com recursos disponíveis variados. De acordo com a prática padrão alemã, estas unidades recebiam o nome do seu comandante, tal como o grupo Erdmann na França e a Brigada de Pára-quedistas Ramcke na África Norte.
Após meados de 1944, os Fallschirmjäger eram treinados não mais como pára-quedistas devido à duas realidade da situação estratégica, mas retinham o status de Fallschirmjägers. Na época dos desembarques Aliados na Normandia em junho de 1944, existiam cerca de 160.000 pára-quedistas alemães. Perto do fim da guerra, uma série de novas divisões Fallschirmjäger chegou a uma dúzia, com uma redução considerável na qualidade das novas unidades. Entre estas divisões a 9ª Divisão Fallschirmjäger, foi a última divisão de pára-quedistas formada pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A divisão foi destruída durante a batalha de Berlim em abril de 1945. Estas divisões não devem ser confundidas com as divisões de campo da Luftwaffe, uma série mal organizada e comandada de divisões de infantaria formada por pessoal de campo e ex-tripulações sem aeronaves, que surgiram perto no final da guerra. Cerca de 54.449 pára-quedistas foram mortos em ação e 8.000 são alistados como desaparecidos em ação.
Organização Militar das forças aerotransportadas
Divisões Pára-Quedistas: As unidades aeroterrestres
na Alemanha pertenciam à Luftwaffe (Força
Aérea alemã) e não ao Heer (Exército).
Contudo, sua organização não era em nada diferente
de uma divisão de infantaria comum. Consistia
normalmente de:
3 regimentos a 3 batalhões;
1 batalhão de artilharia;
1 batalhão anti-tanque e;
1 batalhão de pioneiros.
A Alemanha chegou a criar, "no papel", 11 divisões PQD, embora as divisões 10ª e 11ª fossem amontoados de remanescentes e apenas a 1ª (ex-7ª Aérea) tenha chegado a saltar em combate (na Bélgica, Holanda, Grécia e Creta). A partir de 1944, nem sequer tinham treinamento de salto.
Divisão Aerotransportada: Com o intuito de apoiar as unidades pára-quedistas da Luftwaffe, o
Exército alemão efetivou a 22ª Divisão Aerotransportada, organizada com 3 regimentos a 3 batalhões,
1 regimento de artilharia a 3 batalhões, 1 batalhão anti-tanque, 1 batalhão de pioneiros e 1 batalhão de reconhecimento. Sua tarefa era ser transportada por aviões para a área já controlada pelos pára-quedistas e apoiá-los. Participou, nessa tarefa, da invasão da Holanda.
Unidades de pára-quedas de Luftwaffe
Erste Fallschirmjägerarmee
Fallschirmjägerkorps
I. Fallschirmjägerkorps
II. Fallschirmjägerkorps
Fallschirmjägerdivisionen
1ª Divisão de Pára-quedistas alemães
2ª Divisão de Pára-quedistas alemães
3ª Divisão de Pára-quedistas alemães
4ª Divisão de Pára-quedistas alemães
5ª Divisão de Pára-quedistas alemães
6ª Divisão de Pára-quedistas alemães
7ª Divisão de Pára-quedistas alemães
8ª Divisão de Pára-quedistas alemães
9ª Divisão de Pára-quedistas alemães
10ª Divisão de Pára-quedistas alemães
11ª Divisão de Pára-quedistas alemães
Divisão de Treinamento de Pára-quedistas alemães
Outras unidades de pára-quedas de Luftwaffe
Brigada Pára-quedistas
Luftlande-Sturm-Regiment, formado pelo Feldjager-Sturmregiment, com os batalhões I, II, III, e IV
Regimento Barenthin formado de efetivos de outras unidades
Fallschirmjäger-Sturmgeschütz-Brigaden
Fallschirmjäger-Sturmgeschütz-Brigade XI
Fallschirmjäger-Sturmgeschütz-Brigade XII
Outras unidades do pára-quedas
Waffen SS
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500° Batalhão das Waffen SS
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600° Batalhão das Waffen SS
Exército
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Batalhão Schweres-Fallschirm-Infanterie
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Regimento Brandenburger
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22ª Divisão Aerotransportada
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91ª Divisão Aerotransportada
Histórico das outras unidades pára-quedistas
Além dos pára-quedistas da Luftwaffe, também lutaram na Segunda Guerra Mundial, unidades de pára-quedistas do Exército (Herr) e das Waffen-SS.
HERR
O Exército contou com um número reduzido de pára-quedistas, treinados e equipados pela Luftwaffe. O primeiro pelotão nasceu entre as unidades especiais "BRANDENBURGER". O Pelotão (Zug) se ampliou para uma Companhia em 1941 e uma Batalhão em 11 de março de 1944. As atuações desta unidade, devido as particularidades características das unidades "
O primeiro batalhão de pára-quedistas das Waffen-SS, ficou conhecido como
Após o treinamento foram
Logo depois a unidade foi substituída pela SS Freiwilligen-Gebirgs Division Prinz Eugen. A unidade devido as baixas foi reorganizada e depois enviada para
Desde de 14 de outubro de 1944 se preparava um assalto contra as defesas de Budapeste, que nunca veio a acontecer. A unidade foi desbaratada em
No início de 1945 esta unidade se encontrava reorganizada em
Em 1958 a divisão foi declarada em condições de combate e incorporada a Ordem de Batalha da OTAN. Em 1959 a divisão foi expandida para duas brigadas completas a 25ª e a 26ª Fallschimjagerbrigaden.
Em 1962 a
A divisão nos anos 1960 participou de vários exercícios com a OTAN inclusive na França. Durante a sua história, nos primeiros anos de formação, vários antigos comandes de divisões pára-quedistas alemães da Segunda Guerra comandaram a nova divisão de pára-quedistas. No início os novos pára-quedistas usaram os antigos JU-52, depois passaram para os C-160 Transall franco-germanico e também passaram a usar helicópteros H-34, CH-53 e UH-1.
Com a queda do muro de Berlim e o fim do Pacto de Varsóvia, as ameaças imediatas sobre a Alemanha unificada desapareceram e as forças armadas alemãs (
As unidades que fazem parte da
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26ª Luftlandebrigades;
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31ª Luftlandebrigades;
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373° Batalhão independente;
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KSK (forças especiais).
A Divisão KLK/4 pode ter ainda unidades Gebirgsjäger ou Aufklarungstruppen. Ela ainda possue um regimento de transmissões (Apunhala und Fernmelderegiment 4) junto com uma banda musical.
Luftwaffe Fallschirmjäger
Kurt Arthur Benno Student
Kurt Student (12 de maio de 1890 em Birkholz - 1 de julho de 1978 em Lemgo - Alemanha Ocidental). Foi comissionado como oficial do Exército alemão em 1912 e em 1913 se tornou piloto da Força Aérea do Exército alemão. Entre 1916 e 1917 alcançou seis vitórias contra pilotos franceses. Durante a Segunda Guerra Mundial foi designado comandante das tropas Luftwaffe Fallschirmjäger.
Em 1940 comandou as topas aerotransportadas que atacaram os Países Baixos e a Noruega durante a famosa Blitzkrieg alemã. Em 1941 esteve a frente dos pára-quedistas que tomaram Creta. Em 1943 é transferido para a Itália, e entre outras missões, seus homens ao lado do legendário SS Otto Skorzeny, resgataram Mussolini. Ainda em 1943 é transferido para a França, onde participou da Batalha da Normandia em 1944. Também participou do revide germânico a Operação Market Garden, no cerco a Arnhem. Lutou brevemente na frente oriental em Mecklemburgo, até que foi capturado na frente ocidental pelos britânicos em abril de 1945 perto de Schleswig-Holstein. Não sendo acusado de crimes de guerra, ficou preso pelos ingleses até ser libertado em 1948.
Depois de Creta foi formada uma brigada Fallschirmjäger ad hoc sob o comando do veterano comandante Oberst Hermann-Bernhard Ramcke. Essa Brigada Ramcke faria parte da Operação Hercules, a invasão de Malta, que não foi realizada. Esta operação seria uma invasão ítalo-germânica que utilizaria a Divisão Pára-quedistas Folgore que Ramcke tinha ajudado a treinar.
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Pára-quedista da Brigada Ramcke armado com uma MP 38/40 e usando o uniforme tropical dos |
Com o cancelamento da operação a brigada foi renomeado Fallschirmjäger-Brigade Afrika e enviada para a África do Norte para se juntar ao Deutsches Afrika Korps de Rommel. Em abril 1942, a brigada foi rebatizada de Fallschirmjäger-Brigade Ramcke.
Ordem de Batalha - Fallschirmjäger-Brigade Ramcke -julho 1942:
Comandante: Hermann-Bernhard Ramcke
I./Fallschirmjäger-Regiment 2 - Major Kroh - Formado do 1º Batalhão do 2º Regimento Fallschirmjaeger, recém chegado da Rússia.
I./Fallschirmjäger-Regiment 3 - Major von der Heydte - Uma unidade recentemente formada.
II./Fallschirmjäger-Battalion 5 - Major Hubner - Formado do 2º Batalhão do 2º Regimento do recentemente formado 5º Regimento Fallschirmjaeger.
Fallschirmjäger-Lehr-Battalion/ XI.Flieger-Korps - Major Burckhardt - Formado pelo Batalhão de Demonstração e Treinamento (Lehr).
II./Fallschirm-Artillerie-Regiment - Formado pelo 2º Batalhão do Regimento de Artilharia Fallschirmjaeger da 7ª Divisão Flieger - Comandante Major Fenski
Pionier-Kompanie - Oblt. Tietjen
Panzerjäger-Kompanie - Comandante Oblt. Hasender (12x 3.7cm PaK 35/36)
Após sua chegada em julho 1942, a brigada executou excelente trabalho agindo como força anti-SAS (Special Air Service). A unidade de Ramcke em seguida tomou parte da ponta-de-lança do assalto do DAK em direção ao canal de Suez, lutando ao lado da 25ª Divisão italiana Bologne antes que a oposição britânica se solidificasse perto da cidade de El Alamein.
A brigada foi pesadamente engajada na segunda batalha de El Alamein, se tornando depois parte da linha defensiva alemã e italiana. A brigada foi espalhada entre X e XX Corpo italiano, com os batalhões Hübner e Burkhardt posicionados com a Divisão italiana Bresscia e o resto da brigada adicionado a Divisão italiana Bolonha. À direita do batalhão Hübner estavam os pára-quedistas da Divisão italiana Folgore.
Rommel lutou ferozmente, mas foi forçado a se retirar da linha Fuka no dia 3 de novembro, desobedecendo as ordens de Hitler de lutar até a morte. Durante a retirada do Afrika Korps, a Brigada Ramcke foi abandonada pelo Alto Comando porque não tinha nenhum transporte orgânico, como muitos dos camaradas italianos. Em lugar da rendição, Ramcke conduziu as tropas dele para fora da armadilha britânica. O Batalhão Burkhardt foi capturado perto de Fuka quando tentava chegar a estrada oeste, entretanto o resto da brigada conseguiu escapar continuando a pé sua marcha pelo deserto na direção.
Alguns dias depois, durante uma marcha noturna do dia 5/6 de novembro, a brigada se encontrou com uma coluna de provisão britânica de caminhões estacionada, e pôde render a coluna sem disparar um só tiro. A coluna de provisão não só proveu caminhões, mas também comida, tabaco e outros luxos.
Aproximadamente 600 dos Pára-quedistas de Ramcke chegaram as linhas alemãs no dia 6 de novembro, depois de uma marcha de 200 milhas pelo deserto. Cerca de 450 homens se perderam n processo. Após este grande feito a brigada foi enviada para a Tunísia para descanso.
Ramcke e o Oberstleutnant Hans Kroh reorganizaram as sobras da Brigada Ramcke em batalhões de combate.
Ramcke voltou à Alemanha e no dia 13 novembro se tornou o 145º condecorado com o ramo de oliveira da Cruz de Ferro (a qual ele tinha recebido depois de Creta) e foi promovido a Generalleutnant. Kroh então passou a comandar do resto da Brigada que foi renomeada Luftwaffenjäger Brigada 1.
Luftwaffenjäger Brigada 1:
Comandante: Oberstleutnant Hans Kroh
Batalhão Schwaiger (Kompanies 1-3)
Batalhão von der Heydte (Kompanies 4-6)
Após um breve período de descanso foi enviada para combater o avanço Aliado em direção a Tunísia. A brigada se envolveu em pesados combates contra os britânicos no terreno montanhoso do sul da Tunísia e continuo lutando até a capitulação do Panzer-Armee Afrika em maio 1943, quando os sobreviventes se renderam aos aliados. Algum Fallschirmjäger conseguiram escapar.
Ramcke, se tornou o comandante da 2ª Divisão Fallschirmjäger, e foi com sua unidade para a França da França para a Itália quando os Aliados invadiram Sicília onde a divisão ficou na reserva. Quando os italianos se renderam aos Aliados em setembro de 1943, a divisão de Ramcke recebeu a missão de tomar Roma e restabelecer a ordem. A divisão foi enviada então para a Rússia em novembro 1943 de novembro. Eles lutaram na Rússia até maio de 1944, sofrendo grandes baixas, mas esta seria a última vez que a 2ª Divisão Fallschirmjager lutaria na Rússia.
Ramcke e a divisão dele foram movidos para Colônia e depois para a Bretanha, França. para defende esta península no dia 13 junho. Ramcke e sua a divisão lutariam na Bretanha e finalmente na fortaleza de Brest, contra tropas americanas que finalmente forçaram os alemães a se renderem no dia 19 de setembro de 1944.
Ramcke foi levado prisioneiro para um campo de prisioneiros de guerra nos EUA. Por sua brava defesa de Brest, foi mais uma vez condecorado, recebendo a Espada & Diamantes para a sua Cruz de Cavaleiro. Ramcke morreu na Alemanha em 1968.
O oficial von der Heydte, veterano da Brigada Ramcke, comandou 6º Regimento Fallschirmjäger perto de Carentan em 1944 na Campanha da Normandia e depois comandou um Kampfgruppe na ofensivas alemã das Ardenas.
Fontes:
http://adluna.sites.uol.com.br
http://www.grandesguerras.com.br
http://www.geocities.com/fallschirmjager1936/
http://www.1939-45.org/bios/ramcke.htm
http://www.geocities.com/fallschirmjager1936/operac.htm
http://www.europa1939.com/ww2/1944/arnhem.html
http://miarroba.com/foros/ver.php?foroid=681974&temaid=5086061
http://www.germanwarmachine.com/fallschirmjager/organisation.htm
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