Israel fez exercícios militares simulando ataque ao Irã
WASHINGTON, 20 Jun 2008 (AFP) - O exército de Israel realizou manobras militares no início deste mês simulando um teste para um possível ataque a instalações nucleares iranianas, de acordo com funcionários americanos citados nesta sexta-feira pela imprensa dos Estados Unidos.
F-14 Iraniano - Uma arma americana letal que ainda é operacional
J-10 - o Irã comprou 24 aeronaves deste avançado modelo dos Chineses
Azarakhsh - o F-5 produzido pelo Irã
MiG-29 - Iraniano
Irã considera 'impossível' ataque israelense por questão nuclear
Porta-voz faz declaração um dia depois da revelação de supostas manobras militares.
Segundo ele, Israel é um 'estado fantoche' em 'crise de legitimidade'.
Do G1, com agências internacionaisO porta-voz do governo iraniano, Gholamhossein Elham, disse neste sábado (21) que seria "impossível" um eventual ataque israelense contra as instalações nucleares do Irã, em sua entrevista coletiva semanal à imprensa.
"Tal impertinência e audácia para realizar uma agressão contra nossos interesses e nossa integridade territorial é impossível", declarou Elham.O jornal "The New York Times", citando autoridades norte-americanas, publicou na sexta-feira que as manobras militares israelenses efetuadas no início de junho no Mediterrâneo pareciam destinadas a preparar o Exército para um eventual ataque contra as instalações nucleares do Irã. O governo de Israel não comentou o assunto.
Elham classificou Israel de "regime fantoche (que) não pode escapar da crise de legitimidade ao agredir os outros países".Na sexta-feira, um eminente religioso iraniano advertiu Israel contra um possível ataque contra seu país, e afirmou que a resposta seria "terrível".
O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, considerou que um ataque ao Irã transformaria a região em "bola de fogo", em uma entrevista concedida à TV via satélite al-Arabiya, e ameaçou demitir-se de seu cargo na ONU.Elham também disse que o Irã não irá parar seu programa de enriquecimento de urânio, como proposto recentemente por EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha.
Segundo ele, "qualquer pedido para o cancelamento do enriquecimento de urânio é irracional e inaceitável".
No último sábado (14), o alto representante para a Política Externa e de Segurança Comum da UE, Javier Solana, viajou para Teerã para apresentar uma série de incentivos propostos para o Irã pelos cinco países do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, para que o país suspenda seu programa de enriquecimento de urânio.
Neste sentido, Elham afirmou que seu país está considerando esta série de incentivos e que responderá à oferta no tempo devido.
"O Irã continuará sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica e está preparado para manter conversas com os países sobre assuntos de interesse mútuo e para progressos internacionais", disse. "As atividades nucleares do país são completamente transparentes."
Com informações de AFP e EFE
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