Iraque quer acordo comercial
Pedro Paulo Rezende
Da equipe do Correio Braziliense - VIA NOTIMP FAB: 170/2008 de 18/06/2008
O Iraque tem interesse em aviões de treinamento e ataque leve brasileiros para manter a vigilância sobre oleodutos e em áreas fronteiriças com a Síria e o Irã. “O prestígio da Embraer é alto em Bagdá”, comentou uma alta fonte do Itamaraty, “e o Super Tucano se enquadra dentro dos requerimentos da nova Força aérea que está em organização”. Os aviões podem integrar um dos futuros pacotes de exportação incluídos num acordo que o ministro do Comércio do Iraque, Abdel Falah Al-Sudani, propôs ontem em rápida passagem por Brasília.
Em seu encontro com o embaixador Roberto Jaguaribe, responsável pela Área Política II no Ministério das Relações Exteriores — encarregada, entre outros temas, do Oriente Médio —, Al-Sudani mostrou grande interesse na assinatura de um acordo comercial entre o Iraque e o Mercosul. Ele também visitou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Câmara e o Senado.
A idéia de um tratado comercial foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na saída de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Por desencontro de horários, eles não conseguiram se encontrar. O integrante do governo iraquiano, que chegou na quarta-feira, teve agenda cheia em São Paulo.
O Iraque, que já foi o maior parceiro comercial do Brasil no Oriente Médio nos anos 1980, é hoje o país da região que menos compra produtos brasileiros. O Itamaraty já comunicou sua intenção de reabrir a representação diplomática em Bagdá. Segundo o ministro Celso Amorim, a inauguração será em 2009. Para reabrir a embaixada, o ministério está negociando a troca do prédio por outro, localizado dentro da Zona Verde, área de alta segurança protegida pelas forças da coalizão.
0 Comentários