Eslovénia admite erros que conduziram a alerta nuclear
PATRÍCIA VIEGAS
União Europeia. Fuga no reactor de Krsko
A divulgação pública de aviso europeu causou mal-estar
Fonte: Diário de Noticias
A Comissão Europeia decidiu tornar público, pela primeira vez, um alerta nuclear emitido na sequência de um incidente registado na Eslovénia. Agiu em nome da transparência e do direito que os cidadãos têm de saber o que se passa no espaço europeu. Mas não deixou de causar um mal-estar entre os políticos dos 27.
O alerta europeu surgiu depois de ter sido detectada uma fuga na unidade de refrigeração do reactor nuclear de Krsko, na Eslovénia, forçando a suspensão das instalações construídas há 25 anos. Liubliana tentou ontem minorar o impacto da notícia e admitiu um erro no tipo de informação que foi transmitida.
"A agência de segurança nuclear usou o formulário errado. Utilizou um formulário de teste. Foi um autêntico erro humano. A situação está inteiramente sob controlo e não há nenhum impacto nem sobre o ambiente nem sobre a população", disse, no Luxemburgo, o ministro do Ambiente esloveno, Janez Podobnik, na sua chegada a uma reunião com os homólogos europeus.
O embaraço é duplo para a Eslovénia, pois, simultaneamente, o país está na presidência da UE. Alguns países, como Alemanha e Áustria, querem mais explicações. "Houve confusão [eslovena] de informações", lamentou o ministro do Ambiente austríaco, Josef Proll, acrescentando que é também preciso saber porque é que Bruxelas agiu desta forma. "É preciso saber porque fizeram isso", afirmou, citado pela AFP, o ministro alemão Sigmar Gabriel.
"Quando não falamos de incidentes, acusam-nos de os esconder. Então prefiro ser acusado de ser transparente", disse Ferran Tarradellas, o porta-voz da Comissão Europeia, dando conta de uma "nova cultura de comunicação sobre o nuclear", posta em prática pelo comissário da Energia, Andris Piebalgs.
Este susto surge numa altura em que Bruxelas tenta restabelecer a confiança dos europeus na energia nuclear enquanto alternativa. Os países do Leste defendem o seu uso, mas a Europa ocidental, pelo contrário, não parece muito convencida. A UE tem, actualmente, 152 reactores em 15 países e o nuclear representa 14% da energia consumida nos 27.
A divulgação pública de aviso europeu causou mal-estar
Fonte: Diário de Noticias
A Comissão Europeia decidiu tornar público, pela primeira vez, um alerta nuclear emitido na sequência de um incidente registado na Eslovénia. Agiu em nome da transparência e do direito que os cidadãos têm de saber o que se passa no espaço europeu. Mas não deixou de causar um mal-estar entre os políticos dos 27.
O alerta europeu surgiu depois de ter sido detectada uma fuga na unidade de refrigeração do reactor nuclear de Krsko, na Eslovénia, forçando a suspensão das instalações construídas há 25 anos. Liubliana tentou ontem minorar o impacto da notícia e admitiu um erro no tipo de informação que foi transmitida.
"A agência de segurança nuclear usou o formulário errado. Utilizou um formulário de teste. Foi um autêntico erro humano. A situação está inteiramente sob controlo e não há nenhum impacto nem sobre o ambiente nem sobre a população", disse, no Luxemburgo, o ministro do Ambiente esloveno, Janez Podobnik, na sua chegada a uma reunião com os homólogos europeus.
O embaraço é duplo para a Eslovénia, pois, simultaneamente, o país está na presidência da UE. Alguns países, como Alemanha e Áustria, querem mais explicações. "Houve confusão [eslovena] de informações", lamentou o ministro do Ambiente austríaco, Josef Proll, acrescentando que é também preciso saber porque é que Bruxelas agiu desta forma. "É preciso saber porque fizeram isso", afirmou, citado pela AFP, o ministro alemão Sigmar Gabriel.
"Quando não falamos de incidentes, acusam-nos de os esconder. Então prefiro ser acusado de ser transparente", disse Ferran Tarradellas, o porta-voz da Comissão Europeia, dando conta de uma "nova cultura de comunicação sobre o nuclear", posta em prática pelo comissário da Energia, Andris Piebalgs.
Este susto surge numa altura em que Bruxelas tenta restabelecer a confiança dos europeus na energia nuclear enquanto alternativa. Os países do Leste defendem o seu uso, mas a Europa ocidental, pelo contrário, não parece muito convencida. A UE tem, actualmente, 152 reactores em 15 países e o nuclear representa 14% da energia consumida nos 27.
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