Brasil, Colômbia e Peru vigiarão em conjunto rios da Amazônia
Fonte: Reuters
LETÍCIA, Colômbia (Reuters) - Brasil, Colômbia e Peru firmaram neste domingo um acordo para aumentar a vigilância nos rios da selva amazônica e combater as ações dos grupos armados ilegais, como a guerrilha, os traficantes de armas e os narcotraficantes.
O acordo foi assinado pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Colômbia, Álvaro Uribe; e do Peru, Alan García, na cidade de Letícia, onde os três se reuniram para celebrar a independência da Colômbia e participar de um dia mundial de manifestações para exigir a liberdade dos sequestrados em poder da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"A ação trinacional nos rios fronteiriços é para fortalecer nosso trabalho nesse importantíssimo território de mais de 4 milhões de quilômetros quadrados e 50 milhões de habitantes, para evitar que seja alvo de cultivos ilegais ou tráfico de armas", disse o presidente peruano.
García revelou que, como parte do acordo, o Brasil vai efetuar uma vigilância por satélite e aérea dos rios da selva amazônica, que se complementará com obras de investimento social dos três países.
Já o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que o acordo é importante porque os rios se converteram nas autopistas da selva para a mobilização da guerrilha, grupos de narcotraficantes e traficantes de armas.
"Na medida em que pudermos controlar esses rios de modo conjunto, haverá uma forma de neutralizá-los. Nisso vamos ser muito mais eficazes", acrescentou.
A Colômbia tem uma fronteira de 1.645 quilômetros com o Brasil e de 1.642 quilômetros com o Peru, limitada por rios Amazonas, Putumayo, Vaupés e Taraira.
(Por Luis Jaime Acosta, Reportagem adicional de Mónica García)
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