Evangelho (João 20,24-29)

Quinta-Feira, 3 de Julho de 2008
São Tomé, Apóstolo

24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei".
26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". 27Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". 28Tomé respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" 29Jesus lhe disse: "Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!"

São Tomé

São Tomé Neste dia festejamos a santidade de vida do apóstolo que não chegou até o Céu pelas suas limitações - como acostumamos firmar ao chamá-lo de incrédulo - mas sim por ter sido atingido pela ilimitada misericórdia do Senhor. São Tomé apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo era o mais "teólogo" dos doze, pois com suas perguntas possibilitava a Revelação do Cristo e a Trindade:

"Tomé lhe disse: 'Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?' Jesus lhe disse: Eu sou o caminho , a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim"(Jo 14, 6).

Sobre aquele acontecimento em que o Cristo Ressuscitado "provoca" para fé São Tomé, pois somente acreditaria no testemunho dos irmãos se visse os sinais do martírio do Cristo de modo palpável, quanto a isto comentou São Gregório: "A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade".

Diante de tantas providentes intervenções, São Tomé se despede das Sagradas Escrituras, professando sua fé: "Meu Senhor e meu Deus"( Jo 20 - 28). Esta expressão não saiu da boca de Pedro, nem de João, mas de Tomé que segundo a Tradição teria depois de Pentecostes, ido para evangelizar pelo Oriente e Índia até tornar-se mártire, ou melhor: "um exemplo de fé".