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Do G1, com Reuters e Valor Online

A Embraer buscar, quarta maior fabricante de aviões do mundo, teve lucro líquido de R$ 163,4 milhões no terceiro trimestre, superior aos R$ 103,7 milhões registrados no mesmo período de 2005.
A receita líquida, no entanto, ficou em R$ 1,934 bilhão, uma queda de 20,2% na mesma comparação, refletindo um volume menor de entrega de aeronaves. Entre julho e setembro, a Embraer entregou apenas 30 aeronaves, 26,8% a menos que no mesmo trimestre do ano passado, quando foram enviados 41 aviões aos clientes.
"A queda no número de aeronaves entregues e, conseqüentemente, a queda na receita líquida verificada nesse trimestre, é reflexo direto das dificuldades relacionados à cadeia produtiva", afirmou a empresa em comunicado ao mercado divulgado na madrugada desta terça-feira (14).
De acordo com a empresa, atrasos na entrega de suprimentos criaram dificuldades para a montagem de alguns de seus aviões --como o Embraer 190 e o 195. Por conta disso, a empresa reduziu de 145 aeronaves para 135 sua previsão de entregas para 2006.
"Medidas adequadas já foram tomadas para superar tais dificuldades e, em 2007, um mínimo de 160 aeronaves serão entregues, em relação às 150 antes anunciadas para o próximo período, compensando os atrasos do presente ano", afirmou a companhia.
A queda na receita é explicada pelo descompasso na produção, especialmente na montagem das asas e na cadeia de suprimentos relacionadas aos modelos 190 e 195, que atrasou as entregas de aeronaves e, conseqüentemente, prejudicou a receita.
Nos três meses até setembro, a empresa recebeu 137 novos pedidos firmes, incluindo 50 jatos ERJ 145 e 50 jatos do modelo 190 para o grupo HNA da China, 30 aeronaves 175 para a Republic Airways, seis jatos Embraer 170 para a EgyptAir e um do modelo 170 para um cliente não divulgado.
A carteira de pedidos firmes da Embraer em 30 de setembro de 2006 atingiu o nível recorde de US$ 13,3 bilhões, com aumento de 30,4% em relação aos três meses anteriores.
No terceiro trimestre, o resultado da Embraer foi, mais uma vez, puxado pelo segmento de aviação civil, que respondeu por 63,4% da receita líquida total, com R$ 1,231 bilhão. O destaque, porém, ficou com a aviação executiva, que foi responsável por uma receita líquida de R$ 398,2 milhões, 20,5% do total. Há um ano, no mesmo trimestre de 2005, esse segmento tinha participação de apenas 6% na receita líquida e, no segundo trimestre de 2006, de 10,6%.
Outro setor com forte expansão é o de serviços a clientes, que teve sua fatia da receita líquida aumentada em praticamente 100% entre os terceiros trimestres de 2005 e de 2006. Com R$ 286,4 milhões neste ano, ela representa 14,7% da receita líquida, contra 7,7% do ano passado.