Imagem à esquerda foi tirada no dia 15 de junho, e a da direita, no dia 18
Novas provas apontam:
Marte foi coberto por água
Pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que minerais encontrados no solo de Marte mostram que o planeta já esteve coberto por lagos, rios e outros ambientes hídricos capazes de abrigar vida, segundo a agência Reuters. Em junho, a sonda Mars Phoenix Lander encontrou gelo na superfície marciana, mas o material está muito congelado e coberto de poeira vermelha.
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Em artigo na revista Nature, um grupo de cientistas mostra que esse gelo é um resquício de uma época mais quente e úmida. "Isso é realmente animador, porque estamos encontrando dezenas de locais onde futuras missões podem pousar para tentar entender se Marte já foi habitável e, em caso positivo, procurar sinais de vida passada", disse John Mustard, participantes do estudo, da Universidade Brown, de Providence, Rhode Island.
"Os minerais presentes na antiga crosta de Marte mostram uma variedade de ambientes úmidos", acrescentou Mustard. A equipe usou um equipamento chamado Crism ("espectrômetro compacto de reconhecimento por imagens para Marte", na sigla em inglês) e outros instrumentos da Mars Reconnaissance Orbiter para avaliar as cores refletidas na luz do Sol. Isso ajuda a determinar que minerais há ali.
Os minerais argilosos teriam de ter sido formados a temperaturas relativamente baixas, disseram os pesquisadores. "O que isso significa para a habitabilidade? É muito forte", disse Mustard. "Não era um caldeirão tão quente, fervente. Era um ambiente benigno, temperado, rico em água durante um longo período".
Segundo informações publicadas pela agência AFP, os resultados demonstram uma rica diversidade no solo de Marte, o que permitiria eventualmente a vida no planeta, na era Noachiana, entre 4 bilhões e 600 milhões e 3 bilhões e 800 milhões de anos atrás.
Estas conclusões se encaixam na análise da missão Phoenix Mars Lander, que, além de gelo, encontrou também solo alcalino, que poderia ter abrigado vida. "A grande surpresa desses novos resultados é como a água de Marte foi impregnante e duradoura, e como os ambientes úmidos eram diversos", disse Scott Murchie, pesquisador-chefe do Crism no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel, Maryland.
Em relação ao desaparecimento dos rios e lagos, que teriam recoberto alguns planaltos de Marte, os cientistas estimam que foi por culpa da degradação da atmosfera e da conseqüente evaporação da água no espaço.
Redação Terra
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